“A feira de Caruaru é uma das coisas mais importantes. É o sustentáculo do povo da região. É tanto que a cidade cresceu e a feira cresceu com a cidade. Em todo bairro tinha um pedaço da feira. Caruaru é a cidade da feira. E essa feira cresceu o nome dela no exterior. Fiquei conhecido até no exterior. Por conta de tudo isso, estou aqui recebendo esta homenagem. Não tem dinheiro que pague. Isso é fruto do seu trabalho, é o reconhecimento levado ao povo e o povo apoia.”
A fala é do doutor honoris causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o compositor, músico e poeta caruaruense Onildo Almeida, autor da música “A feira de Caruaru”. E
Neste sábado (13) é o aniversário de 94 anos do poeta, Patrimônio Vivo de Caruaru.
HISTÓRICO: Onildo de Almeida, poeta e músico de rara sensibilidade nasceu em Caruaru, Pernambuco em 13 de agosto de 1928. No começo da carreira integrou conjunto vocal de muito sucesso em Pernambuco, o Cancioneiros Tropicais, depois chamado de Vocalistas Caetés.
Ingressou no rádio e depois se tornou dono de emissora. Compôs mais de 500 músicas, algumas gravadas por grandes nomes da MPB como Maysa, Agostinho dos Santos e Gilberto
O primeiro sucesso foi a música Linda Espanhola, marchinha carnavalesca, ganhadora de concurso do carnaval pernambucano de 1955. Mas foi com a música regional interpretada por gente da estirpe de Luiz Gonzaga, Marinês e Trio Nordestino que ficou conhecido em todo o Brasil e ganhou projeção internacional: a sua música Feira de Caruaru, gravada por Luiz Gonzaga em 1957, ganhou o mundo e foi divulgada em 43 países.
Interessante notar que Luiz Gonzaga (que amava Caruaru) no ano do seu centenário, 1957, foi convidado a ser o patrono artístico da festa. Assim, de vez em quando visitava aquela cidade agrestina.
Onildo Almeida era chamado de "groove man" pelos tropicalistas, pela grande variedade de gêneros musicais que o artista de Caruaru-Pernambuco trouxe para a sua trajetória, tendo se destacado como um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga.
Parte deste caminho trilhado pelo músico aos 91 anos, está registrado no documentário "Onildo Almeida - Groove Man", dirigido por Helder Lopes e Cláudio Bezerra. Onildo escreveu clássicos como "A feira de Caruaru" e "A hora do adeus", e aparece na tela ao lado de outros artistas como Gilberto Gil, Junio Barreto e Maciel Melo.
Entre outras raridades, o filme produzido pela pernambucana Viu Cine e com som finalizado pelo Estúdio Carranca, recupera, ainda, imagens de arquivo e canções inéditas, composições que Onildo Almeida criou ao longo da vida artística.
Radialista, poeta, músico e compositor, Onildo Almeida, nasceu a 13 de agosto de 1928 em Caruaru, filho de José Francisco de Almeida e Flora Camila de Almeida.
Autor da música “Feira de Caruaru” (composta em 1955 e imortalizada em 1957 na voz de Luiz Gonzaga), desde criança Onildo demonstrou interesse pelas artes, tendo composto suas primeiras canções quando ainda tinha 13 anos de idade.
Até 1991 (quando passou a se dedicar apenas à música evangélica), já havia composto um total de 530 músicas gravadas por grandes nomes da MPB, entre os quais Agostinho dos Santos, Maysa, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Marines, Trio Nordestino, Jorge de Altinho e outros.
No início de sua carreira, integrou vários conjuntos musicais, entre eles o Cancioneiros Tropicais. Como compositor, o seu primeiro grande sucesso foi “Linda Espanhola”, marchinha vencedora de festival de música para o carnaval pernambucano de 1955.
Onildo Almeida iniciou a profissão de radialista em 1951, na Rádio Difusora de Carauru, instalada na cidade pelo Grupo F. Pessoa de Queiroz. Ele começou como operador de som e depois exerceu outras funções, entre as quais repórter e publicitário.
No rádio, Onildo participou da criação de programas de auditório como o “Expresso da Alegria” e o “Vesperal das Quintas”, grandes sucessos à época. E, de empregado passou a empresário, fundando, com um irmão, a sua própria emissora: a Rádio Cultura do Nordeste.
Só para Luiz Gonzaga, Onildo compôs 22 canções, sendo que com a mais famosa delas, “Feira de Caruaru”, o Rei do Baião conquistou o primeiro Disco de Ouro de sua carreira. A música vendeu mais de um milhão de cópias e também foi gravada em outros 34 países.
Ao longo de sua vida de compositor, Onildo Almeida conquistou dezenas de prêmios: foi vencedor de festivais de músicas, recebeu Discos de Ouro e outros troféus. È citado entre os grandes nomes da música pernambucana e do Nordeste.
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