"Lá se foi o meu amigo Zelito Miranda.. Amanheço nesta sexta ainda mais de banda, aqui do lado onde já pesa o coração..uns tiram onda comigo; como se aqui fosse um "obituário"? Que nada! Eu tenho muitos amigos pelo mundo...e faço Homenagens vivas. Quando alguém parte de vez, vaza uma um buraco no lado esquerdo.
Trouxe Zelito pra tocar em Juazeiro, andamos juntos em Salvador, anos 70/80 pelos becos musicais...Imagino a dor e tristeza de sua companheira Telma e sua filha...
Zelito partiu hoje pela manhã".
A morte do forrozeiro baiano Zelito Miranda, nesta sexta-feira (12), consternou músicos, autoridades e o público baiano. Zelito tinha 66 anos e faleceu em casa, por causa de problemas no pulmão. Após a confirmação da morte, diversas manifestações foram publicadas nas redes sociais.
Através das mensagens através das redes sociais o poeta Mauricio Dias Cordeiro (Mauriçola), compositor, músico recordou "que trouxe Zelito para fazer uma apresentação em Juazeiro, Bahia e hoje o sentimento é de muita saudade".
O cinegrafista, músico e compositor Ailton Nery tambem prestou homenagem: "Lamento muito a morte do artista e compositor Zelito Miranda. Que tanto defendeu a cultura música boa de qualidade dos festejos juninos".
Targino Gondim agradeceu a colaboração de Zelito na música nordestina e mandou pêsames para a família do artista. “Hoje, uma notícia triste que abalou a todos(as). Perdemos o nosso Rei do Forró Temperado, Zelito Miranda! Nosso “Cabeludo”! Com seu trabalho de extrema importância pra o nosso forró baiano! Muito obrigado por tudo, amigo querido! Que Deus o tenha e o abençoe Bem Muito! E conforte a toda sua família e amigos!”, escreveu o cantor.
O forrozeiro e cantor Eugênio Cerqueira, que foi diretor musical e integrante da banda de Zelito por mais de 20 anos, também lamentou a morte do amigo. "Que notícia horrível. Mais um grande artista nos deixa e vai fazer forró no Céu..!!!! Vá em paz @zelitomiranda!!! Que Deus o tenha ao seu lado!!! Grande amigo, ser humano maravilhoso!!! Meu dia está mais triste!!", escreveu.
Em vídeo, Eugênio cantou um forró que termina com a frase "nada vai nos separar". "Zé, nada vai nos separar. O forró e Zelito Miranda é uma combinação perfeita. Que Deus tenha ao lado dele, o seu forró e sua história ficam", disse.
O governador da Bahia, Rui Costa, disse que recebeu com "muita tristeza" a informação de que o artista havia falecido. "Que Deus conforte seus familiares e amigos neste momento de profunda tristeza. A música baiana está de luto", comentou o governador.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também lamentou a morte do artista. Ele disse que Zelito era "símbolo da nossa cultura que levava o forró por todo o mundo".
O também forrozeiro baiano Del Feliz falou em vídeo sobre a perda de Zelito. "Uma supressa muito grande e impactante. Ninguém imaginava perder Zelito repentinamente assim. Uma cara extremamente jovem, um amigo querido, nosso Cabeludo, nossa forma carinhosa de lidar. Além do legado que deixa e a contribuição enorme para a história do forró da Bahia, para nós amigos de contato diário é a perda de um amigo querido, muito carinhoso, nosso eterno Cabeludo. Fica o legado e as boas lembranças. Vá em paz Cabeludo, muito obrigado por tudo. Continua vivo em nossos corações"
Presidente da Fundação Gregório de Matos e diretor teatral, Fernando Guerreiro falou sobre a generosidade do forrozeiro, que o ajudou no começo da carreira.
"Zelito além de um grande artista sempre foi um homem muito generoso. No começo de minha carreira, eu, obviamente sem recursos, gravei as minhas trilhas sonoras todas 0800 (de graça) no estúdio de Zelito Miranda. (Ele) sempre esteve pronto para colaborar, lançar grandes grandes artistas, com aquele sorriso generoso de paizão, sempre bem humorado. Eu acho que a Bahia perde um artista singular, defensor da cultura popular, do forró raiz, mas principalmente perde esse grande ser humano acolhedor, generoso, digamos assim, um nordestino típico, uma figura única"
Os senadores baianos Jaques Wagner e Angelo Coronel também lamentaram a morte Zelito Miranda nas rede sociais. Wagner disse que Zelito "foi um ferrenho defensor do forró e da cultura nordestina".
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