Lauro de Freitas: Colégio através de nota afirma que não possui qualquer tipo de relacionamento com as pessoas envolvidas no episódio e repudia violência

11 de Aug / 2022 às 13h45 | Policial

Confira abaixo a nota oficial do colégio
O Colégio Mirim vem a público, através deste veículo de comunicação, esclarecer e informar que, há 30 anos, tem o propósito de oferecer a melhor educação acessível e de qualidade para as crianças e jovens da comunidade de Itinga e do seu entorno. Sobre os fatos ocorridos ontem, 09/08, esclarecemos que:

O Colégio Mirim não trabalha com equipe armada. Dentre os colaboradores que prestam serviços à escola, estão porteiros que auxiliam no acesso dos pais, alunos e colaboradores às dependências da instituição.

A Escola tem desenvolvido um amplo trabalho de conscientização social e ambiental com alunos e a comunidade, para que o terreno vizinho não se torne um foco de transmissão de doenças, como a dengue, zika e chikungunya.

Durante a situação ocorrida ontem, os porteiros estavam em horário de expediente dentro das dependências da escola.

O Colégio Mirim não possui qualquer tipo de relacionamento com as pessoas envolvidas no episódio.

O Colégio Mirim repudia qualquer ato de violência e está à inteira disposição da polícia para fornecer as imagens das câmeras de segurança e para prestar qualquer esclarecimento que seja necessário. Vale ressaltar a importância do trabalho do Colégio em desenvolver na educação infantil a formação de centenas de crianças em cidadãos de bem, prezando assim, pelo bem-estar dos alunos, colaboradores e comunidade em geral.

O CASO: Os Familiares e amigos do homem morto supostamente após um desentendimento por causa do descarte de lixo no terreno de um colégio particular em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (11). Eles cobraram punição ao autor do crime, que é investigado.

O ajudante de depósito Jamily Silva Reis, de 33 anos, foi baleado na terça-feira (9), e a família acusa um segurança da escola de ter efetuado o disparo.

“Isso é uma covardia. O rapaz era trabalhador. O que vai ser da criança quando crescer e perguntar ‘cadê meu pai’? Isso não se faz! Por causa de um lixo tirar a vida de um cara? Isso dói no peito da gente”, disse um amigo da vítima.

O caso aconteceu em uma área atrás do colégio, onde a população costuma descartar resíduos de forma inadequada. Segundo os parentes, um irmão de Jamily colocou lixo no local e foi abordado por um dos seguranças da escola, que pediu para que ele retirasse o material. Jamily saiu de casa e foi ao terreno para remover o lixo, quando, segundo familiares, o suspeito atirou contra ele.

Mônica Reis, diretora do colégio, negou que o crime tenha sido cometido por um vigilante da unidade e garantiu que a escola não conta com segurança armada. Segundo ela, o porteiro apontado como autor do disparo também é morador da comunidade e trabalha no local há 20 anos.

“Nosso porteiro estava com a gente no colégio, no horário do acontecido. Temos filmagens que mostram que ele estava aqui. Era horário de saída dos alunos e ele estava trabalhando. Nós não temos segurança armada na escola. Em nenhum momento nós compactuamos com violência e agressividade. Queremos que isso seja esclarecido o mais rápido possível", comentou a gestora.

Mônica afirmou que vai levar as imagens da câmera de segurança à delegacia, para que ajude a Polícia Civil na identificação dos suspeitos. O caso é investigado pela Delegacia Territorial de Itinga.

O homicídio aconteceu em um terreno que pertence ao Colégio Mirim, instituição particular que fica em Itinga, na cidade de Lauro de Freitas.

Conforme a mãe da vítima, Juciara Silva Reis, quem colocou o lixo na porta da escola foi o irmão de Jamily, por volta de meio-dia. "Ele [Jamily] veio almoçar, aí o irmão botou o lixo na porta da escola. Aí o menino [segurança] pegou a arma e disse que se o irmão não tirasse ia atirar na perna dele. Aí ele [Jamily] tirou o lixo [da porta da escola] e botou lá na porta [de casa]", disse.

O crime, no entanto, ocorreu no fim da tarde de terça-feira, quando o ajudante de depósito voltava do trabalho acompanhado do irmão. "O irmão [de Jamily estava] na frente e ele atrás. Um carro branco com cinco pessoas [parou perto deles], um [homem] desceu e deu quase cinco tiros [na direção dos irmãos]", contou Juciara.

Ainda segundo a mãe da vítima, o irmão de Jamily não foi baleado porque correu. Ela também afirmou que o outro filho, que escapou do ataque, teria visto o segurança da escola dentro do veículo.

A Polícia Militar informou que agentes da 81ª Companhia Independente foram acionados pelo Centro Integrado de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), com a informação de que um homem havia sido baleado na Rua Fazendão, Jardim Metrópole, no bairro de Itinga.

Ele deixou dois filhos, um de 17 anos e outro de três meses. O sepultamento está previsto para a manhã desta quinta-feira, no Cemitério Municipal de Plataforma.

G1

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.