A Justiça Eleitoral teve uma maior dificuldade no recrutamento de mesários voluntários para as eleições deste ano por conta do medo da violência política e das ameaças de tumulto durante o dia da votação.
A constatação é do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Pernambuco (Sintrajuf-PE) que, em julho, realizou uma primeira reunião sobre o tema.
No mesmo evento, foram feitos relatos de preocupação com a postura do grupo político liderado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que ameaça não reconhecer o resultado das urnas. “Por ser um grupo armamentista, incrementa ainda mais riscos à segurança física e patrimonial durante o processo eleitoral”, alerta o presidente do Sintrajuf-PE, Manoel Gérson.
Segundo ele, a categoria tem cobrado um plano que garanta segurança para mesários, servidores, e demais pessoas que vão participar de todo o processo. Durante o Encontro Nacional das Servidoras e Servidores da Justiça Eleitoral (Eneje) também foi aprovada a “Carta da(o)s servidora(e)s da Justiça Eleitoral”, que pede a coerção imediata a “quaisquer atos golpistas e cobra das autoridades judiciárias e parlamentares medidas urgentes e suficientes para garantir segurança nas eleições de 2022”.
Já no final da semana passada, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal aprovou a realização da audiência pública: “Defesa da Democracia e Segurança nas Eleições”. O evento foi um dos pleitos apresentados pela Federação Nacional de Servidores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), da qual Gérson é coordenador. A audiência pública ainda não tem data para ser realizada.
Procurado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) informou que o número de pessoas que se inscreveram para serem mesários nas eleições deste ano ainda não foi consolidado porque depende do encaminhamento dessas informações por parte dos cartórios eleitorais.
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