O Centro de Tecnologia Canavieira, em Camamu, no baixo sul da Bahia, guarda um grande tesouro da biotecnologia e é considerado o maior banco genético de cana-de-açúcar do Brasil, com mais de 5 mil variedades.
Neste período, que vai de maio até meados de julho, é que são feitos os cruzamentos genéticos, para gerar novas variedades com alto padrão de qualidade e produção.
O processo começa com uma avaliação das flores, que pendões, também chamados de flechas. Os exemplares escolhidos, chamados de genitores, são usados nos cruzamentos. A estação tem 63 hectares e é cercada pela vegetação de Mata Atlântica.
"Esse é o coração do nosso banco hemoplasma, porque está localizado aqui em Camamu? Porque aqui é onde tem as condições climáticas adequadas para o florescimento da cana", diz Luciana Castellani, gerente de melhoramento genético.
Com o objetivo de proporcionar o maior número de cruzamentos, o centro desenvolveu técnicas capazes de controlar o processo de florescimento da cana de açúcar, um deles é induzir o florescimento e antecipar esse processo daquelas canas que são mais tardias e tem também o controle de luz no campo aberto.
Ainda de acordo com a reportagem, as sementes são embaladas e encaminhadas para outra unidade em Piracicaba (SP), lá elas são transformadas em mudas, que depois seguem para os polos de desenvolvimento genético em Araçatuba e Ribeirão Preto (SP) e Goiás.
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