O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, afirmou nesta quinta-feira (28), que a oposição teme o resultado das urnas com a vitória de Jerônimo, pré-candidato do PT ao Governo da Bahia. A sigla justifica que "por esse motivo tenta criar cenários improcedentes, a exemplo da condicionante do União Brasil para apoiar Lula, o que não passa de desespero do grupo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto".
O União Brasil teria pedido ao PT a retirada da candidatura de Jerônimo Rodrigues e a declaração de apoio a ACM Neto, para Luciano Bivar desistir da diputa pelo Palácio do Planalto. De acordo com o colunista Guilherme Amado do portal Metrópoles, se o acordo fosse confirmado, Bivar ganharia a vaga de senador na chapa de Danilo Cabral, do PSB, em Pernambuco, e o União Brasil apoiaria a candidatura de Fernando Haddad em São Paulo, com indicação a vice do petista.
Mas Éden, presidente do PT na Bahia, rebateu. "O palanque de Lula na Bahia está montado e vai vencer com Jerônimo governador e Otto senador. O resto é desespero de quem está vendo seus planos caírem por terra. Primeiro, era a estória de dizer que a nacionalização não influencia as eleições estaduais. Depois, insinuou que poderia votar em Lula. Agora, nas vésperas das convenções, apela para a desistência de adversários", destacou.
O presidente do PT estadual argumentou ainda que a oposição tem sentido o termômetro nas ruas, onde a população tem manifestado grande apoio ao candidato de Rui Costa, Jaques Wagner e Lula no estado. "A turma que dizia que a eleição estava ganha não conhece a Bahia. Aí começaram a viajar, olhar nos olhos do povo e o desespero tomou conta. Nós seguimos com maturidade, humildade e muita confiança no nosso trabalho. Sábado será a convenção do time que vencerá as eleições na Bahia, com Lula presidente, Jerônimo governador e Otto senador", concluiu o dirigente estadual.
União Brasil e PT
Ainda segundo a publicação do Metrópoles, as conversas entre o PT e o União Brasil chegaram ao governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. O União fez pressão nos últimos 10 dias para indicar o vice do tucano, mas não houve acordo. Garcia se voltou para o MDB e busca uma vice mulher para preencher a chapa.
É do interesse do PT enfraquecer a candidatura de Garcia, considerado um adversário mais difícil do que Tarcísio de Freitas no segundo turno. Dirigentes do União Brasil consideram improvável um acordo entre as legendas para o primeiro turno. No entanto, o vice-presidente do partido em São Paulo, Junior Bozzella, defendeu a continuidade das negociações com o PT.
As tratativas são mantidas entre Haddad e o vice-presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, que têm boa relação. Lula deu aval para as conversas irem adiante.
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