Mais uma data na sua história, e nós juntos, passando com o tempo. Por andar muito ocupado, nunca mais tinha vindo aqui no blog deixar ou fazer algumas considerações através de um olhar cidadão e filho dessa terra que é parte da minha vida e vice-e-versa...
Como diz certo cantor muito romântico: “são tantas as emoções...” E talvez tenha sido por isso, motivado pela emoção de ser juazeirense, que me levou a juntar as palavras e digitar o meu sentimento por você MINHA CIDADE QUERIDA...
Resolvi dar uma volta e lembrar tempos idos, quando o final da tarde ia caindo e eu descambava lá para o Estádio Adauto Moraes para assistir o treino do Olaria preparando-se para jogar contra o Veneza no domingo. Era uma sensação indescritível estar ao lado daqueles craques que nos domingos nos davam tantas alegrias ou tristezas... Um detalhe: o treino terminava quase no escuro da noite e eu e meus amigos lá... Eu era fanático torcedor do Olaria assim como o saudoso Gustavinho! Só não gritava na arquibancada como ele (risos).
Vamos falar do Cinema, e aqui uma menção a essa construção que foi uma das mais belas e modernas para aquela época, cuidada e administrada pelo competente Prof. RIVAS, que ainda me lembro dele olhando os mínimos detalhes para o bom funcionamento daquele prédio imenso, sob sua responsabilidade. Enquanto isso, em dois confortáveis ambientes, o público assistia e delirava com Giuliano Gemma, e outros renomados atores, quando surgiam na grande tela cinematográfica...
E depois do cinema aonde íamos? O “Pirilampo”, era passagem obrigatória para lanchar aquele cachorro-quente que ainda sinto o cheiro de tão saboroso que era... Mas, antes comprávamos pipocas e bombons nas banquinhas ao longo da Rua D’Apolo cujos proprietários, pessoas simples, hoje quase todos prósperos, graças à dedicação aos estudos...
Ah, tinha ali ao fundo da atual Secretaria de Educação, o Tiro de Guerra 06/129, que a gente ficava horas prestando atenção nas instruções que um dia, também, íamos receber já em outro local naquele prédio próximo da quadra do Franvale...
E por falar em quadra do Franvale, tinha aquelas noitadas de futebol de salão com as mais acirradas torcidas, quando a quadra ainda era na atual Praça Ivo Braga (que chamam Praça do boi), e tinha um time quase imbatível chamado Spartacus, que dava um verdadeiro show com a bola pesada! E dando uma volta lá naquela parte da cidade lembro que por ali residia um dos maiores nadadores desse nosso Rio e outros mares nas competições de natação, bem como, de outra figura simples e exímio mergulhador que, muitos batiam na sua porta quando perdiam alguém nas águas do Velho Chico...
E a Santa Casa da Misericórdia, hein!!?? Que lugar essencial na vida de quem buscava restaurar sua saúde ali em frente à Praça do mesmo nome, e juntamente com o Hospital Regional (então administrado pela FSESP), formavam o nosso sistema de saúde pública e, por incrível que pareça, a todos atendia de uma forma humanizada, e disso sou testemunha...
Mas, não podemos nos esquecer do apito do trem e a ponte que levantava para o Vapor passar, e aquela movimentação no Cais num verdadeiro e potencial comercio de mercadorias que chegavam e embarcavam, porque aqui era o Porto principal, onde tudo acontecia nessa Região, e todos para cá corriam, inclusive, muitos dos nossos circunvizinhos, que vinham, também, aqui nascer...
A educação teve seus baluartes, ícones de notório saber e de pessoas dedicadas que davam o seu melhor ali nas Escolas Reunidas um Prédio muito bonito que abrigou tantas crianças, hoje pessoas notáveis, assim como, outros Colégios da época tiveram grande contribuição na vida estudantil de nossa juventude...
E não se pode falar em educação, sem falar em cultura, e aí eu me lembro dos festivais inéditos de música marcados inclusive com a presença de grandes nomes nacionais e, francamente, não ficava nada a dever aos grandes centros, e não é porque puxo a brasa para minha sardinha, mas a verdade seja bem dita, MINHA CIDADE QUERIDA tem sido ao longo do tempo, berço de expoentes na educação, cultura e esportes...
Uma enorme soma de fatos e acontecimentos, pessoas e lugares vivenciados, não cabem em minha mente para relatar todos aqui nesse momento, mas, tudo do que já vivi faz com que todos os dias quando volto do meu trabalho, venho contemplando a minha cidade, às vezes fotografando imagens como essa da ilustração acima, e dizendo comigo mesmo palavras do seu hino: “Juazeiro és esperança; A cor verde da bonança...”
PARABÉNS QUERIDA JUAZEIRO, PELOS SEUS 144 ANOS!
Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.
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