Alunos do Curso Técnico em Agroecologia, do CETEP-SSF (Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco), Juazeiro Bahia, antiga Escola Agrotécnica, realizaram nesta terça-feira (12) uma demonstração técnica do modelo de compostagem orgânica.
Os alunos do Curso Técnico em Agropecuária também participaram da atividade.
Compostagem é um processo biológico de transformação para valorização da matéria orgânica. Trata-se de um processo natural em que os microrganismos residentes, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica, transformando-a em humus, que é um material extremamente fértil por ser muito rico em nutrientes
A supervisão é do professor Luan Vitor, Engenheiro Agrônomo, mestrando em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal do Vale do São Francisco. De acordo com o professor os alunos com a atividade tem a possibilidade de ampliar as práticas de ensino e aprendizagem e contribuir para o despertar na comunidade escolar o cuidado o meio ambiente, consumo sustentável, ecologia e resíduos.
A experimentação continua no ambiente escolar, pois possibilita o melhor acompanhamento da evolução da ciência e das transformações que ocorrem na natureza. A compostagem é um processo biológico no qual os micro-organismos transformam a matéria orgânica como, estrume, restos de comida, em húmus, um material rico em sais minerais e que pode ser utilizado como adubo em hortas, jardins e vasos, contribuindo muito para desenvolvimento das plantas.
Com o avanço da compostagem percebe-se que a transformação dos resíduos contribui de maneira significativa para o equilíbrio ecológico entre o homem e o meio ambiente, pois o composto é uma fonte rica em nutrientes que são fundamentais para obtenção de um solo fértil, gerando assim a diminuição de problemas ambientais, protegendo e preservando dessa forma a natureza para as presentes e futuras gerações.
Os alunos Anne Louise e Josielson Araújo, avaliam que este processo de trabalhar a Compostagem Orgânica, proporciona viver os aspectos abordados. "Aula prática, essa maneira observamos o uso dos recursos da natureza com responsabilidade, garantindo o uso de conceitos como: preservação ambiental, sustentabilidade e exercício da cidadania. Mudamos nossos conceitos a respeito do lixo, a consciência sobre preservação da natureza, a ideia de sustentabilidade".
Detalhe: o esterco natural usado nesta compostagem é de coelho, produzido no próprio CETEP-SSF, Juazeiro Bahia. O site da Universidade Federal da Bahia destaca que a busca por processos naturais de adubação, sem fertilizantes químicos e agrotóxicos, tem sido constante nas ciências agrárias.
Nesse projeto, as fezes dos coelhos foram misturadas com restos vegetais descartados, em proporções adequadas ao processamento. O composto é umedecido e revirado periodicamente, até a transformação total em compostagem, que ocorre em aproximadamente dois meses.
Sabe-se que a compostagem é rica principalmente em nitrogênio e carbono, importantes para desencadear outros processos microbiológicos no solo, dando-lhe vida e vigor às plantas. “É por isso que a compostagem é viável em qualquer tipo de solo, mesmo para os solos desérticos, pois consegue desenvolver e desencadear processos regenerativos pelo seu alto teor de nitrogênio e de outros elementos químicos, como o fósforo e potássio, que são fundamentais para o desenvolvimento das plantas”, ressalta O professor Gilmar Tavares do Departamento de Engenharia (DEG), Universidade Federal da Bahia.
O projeto do professor Gilmar iniciou em 2007 nos municípios de Carrancas e Luminárias. Posteriormente foi levado à África (República Democrática do Congo-2008 e Moçambique-2016), à Ásia em 2018 (Afeganistão, Paquistão e Myanmar) e está em desenvolvimento até os dias de hoje.
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