O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) protocolou notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-presidente da Casa e senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) pela prática de corrupção ativa, além do senador Marcos do Val (Podemos-ES) por corrupção passiva.
Vieira cita como fato a afirmação do senador Marcos do Val em entrevista ao jornal “Estado de S.Paulo” de que recebeu R$ 50 milhões em emendas do chamado orçamento secreto por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado, em fevereiro de 2021.
O senador também protocolou no Conselho de Ética do Senado representação contra os três — Pacheco, Alcolumbre e Do Val — por quebra de decoro parlamentar. As peças foram protocoladas no final desta segunda-feira (11).
Do Val disse, ainda, na entrevista, ter sido informado sobre a verba por Davi Alcolumbre, articulador da campanha de Pacheco ao comando do Senado, após o resultado da disputa. Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, Do Val afirmou que os recursos seriam uma forma de “gratidão” pelo apoio.
As afirmações de Do Val expuseram, pela primeira vez, como são feitos, nos bastidores, os acordos em torno da divisão do orçamento secreto. Ao “Estadão” e em entrevistas posteriores, o senador afirmou acreditar ter sido mal interpretado, mas não negou as afirmações.
Em resposta à CNN, a assessoria do senador Marcos do Val disse que não vai se manifestar.
A CNN também enviou uma solicitação a Pacheco e Alcolumbre uma posição em relação aos pedidos de Alessandro Vieira e aguarda resposta.
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