O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que entregará o poder para o vencedor das eleições, caso não seja reeleito. Em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (11), ele voltou a levantar suspeitas sobre a lisura do sistema eleitoral e afirmou que o pleito deve ser “limpo”.
“Estamos trabalhando com as Forças Armadas. Temos responsabilidade com o Brasil. A gente entrega o poder para qualquer um, sem problema nenhum. E podem ter certeza, vamos ter eleições limpas no corrente ano.”
Mais uma vez, o presidente criticou a postura do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Edson Fachin. Segundo Bolsonaro, o ministro não quer ouvir as sugestões das Forças Armadas, que participam da Comissão de Transparência das Eleições.
“Não vai ser uma pessoa que vai querer falar grosso, porque botou uma capa nas costas: ‘Eu agora não devo satisfação para ninguém’. Deve sim, e eleição é uma questão do povo. Nós queremos é transparência.”
Bolsonaro ainda afirmou que Fachin “se intitulou o ditador do Brasil”.
“Agora o TSE, na pessoa do Fachin, não aceita que o nosso pessoal técnico converse com o pessoal técnico deles, ontem o Fachin falou que não tem mais conversa com as Forças Armadas. Eu acho que ele se intitulou o ditador do Brasil, quem age dessa maneira não tem qualquer compromisso com a democracia.”
Questionada pela CNN, a assessoria de Fachin disse que o ministro Fachin não falou nada em nenhum evento no último domingo (10), que ele está de férias e não há reunião marcada com as Forças Armadas. O ministro não respondeu aos ataques feitos pelo presidente.
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