Aconteceu neste sábado (11) o tão aguardado momento em que um grupo de Ararinhas Azuis, que vinham se adaptando em cativeiro para o retorno à natureza, no sertão de Curaçá, no interior da Bahia.
As Ararinhas, oriundas de criadouros na Europa, chegaram ao município em marco de 2020 e vinham passando por todo um processo de adaptação em grandes viveiros instalados em Curaçá, onde a última espécie que habitava a caatinga foi vista.
Para Pedro Oliveira, prefeito do município, “O retorno das Ararinhas à natureza traduz um momento importante para Curaçá e todos nós estamos vivendo um clima de muita expectativa e emoção. Vamos devolver à natureza vários exemplares de uma ave que já se considerava extinta da natureza. Isso tem um valor imensurável para o mundo e nós, de Curaçá, fazemos parte desse resgate histórico. É um momento de muita emoção para os curaçaenses, fazer parte dessa história”, disse.
O ex-ministro do meio Ambiente, Edson Duarte, que esteve presenta ao evento de soltura das aves e tem um histórico de atuação no resgate da espécie, desde o tempo de jovem ambientalista, atuando anos depois como o Ministro do Meio Ambiente nas tratativas de parceria para vinda das 52 aves da Europa, considerou o momento como um renascimento: “É uma espécie de missão cumprida, de alegria pessoal, já que vivi todas as etapas desse processo, acompanhando ainda bem jovem os últimos voos da ararinha que vivia em Curaçá, e testemunhando o nascimento das novas aves, que agora representa o renascimento da espécie que já era dada como extinta”, disse.
Um grupo de Ararinhas Azuis, acompanhadas por espécies conhecidas como “Maracanã”, ganharam liberdade nesta tarde em Curaçá.
De acordo com Camile Lugarini, coordenadora do Programa de Cativeiro da Ararinha-azul junto ao ICMBio, “A liberação será gradual para aumentar as chances de adaptação das aves à oferta de alimentos e outras características sazonais de seu ambiente natural. Por terem hábitos semelhantes, maracanãs serão soltas com as ararinhas, pois uma espécie pode ensinar a outra a sobreviver na Caatinga”, explicou.
No momento de abertura dos viveiros todos que estavam no local oram tomados de emoção e as aves fizeram voos de reconhecimentos em torno do viveiro onde estavam.
Confira no Vídeo esse momento.
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