Um homem de 72 anos foi preso em Campinas (SP), nesta segunda-feira (6), suspeito de matar uma jovem em Petrolina (PE), em julho de 2021, por conta de uma disputa de bens. De acordo com a Polícia Civil, o idoso estava no interior paulista há quase um ano, logo após fugir do local do crime, usava nome falso e se passava por calheiro. O crime ocorreu em 25 de julho de 2021, e o local escolhido para o suspeito se esconder fica a 2,4 mil quilômetros de distância.
Monique Jéssica da Silva Pereira, de 27 anos, foi morta a tiros no bairro São Jorge. Segundo familiares, o motivo do crime seria a briga pela posse de uma moto, que estava em posse da jovem. O autor seria o avô da ex-cunhada da vítima.
Sandro Jonasson, delegado titular do 11º DP de Campinas, que comandou a prisão do foragido, conta que o homem já se preparava para fugir da cidade, e teria como destino o estado de Alagoas. Ele estava em um imóvel no bairro Jd. Nossa Senhora de Lourdes.
"Ele estava escondido, usava nome falso e se passava por calheiro, mas já se preparava para emprender nova fuga. Agora está preso, por um crime que cometeu por um motivo extremamente fútil", disse Jonasson.
O caso foi apresentado no 11º DP, onde a prisão foi registrada e comunicada à Polícia Civil de Pernambuco. Agora as forças de segurança deverão proceder com a transferência do custodiado para o estado onde o crime ocorreu.
O crime
Segundo a família de Monique, a motivação do crime foi a disputa pelos bens do irmão da vítima que morreu no mês de maio de 2021.
A ex-cunhada de Monique queria ficar com a moto que pertencia ao ex-companheiro. Monique estava utilizando o veículo pra ir trabalhar.
No dia do crime, Monique tinha ido até a casa da ex-cunhada, com o irmão mais novo, Júlio Santos, para pegar os sobrinhos. “Minha irmã ficou dentro do carro, porque ela já não queria ter contato com ninguém da família”, afirma Júlio.
Sem acordo entre eles, o caso terminou em tragédia. Monique foi atingida com dois tiros na cabeça, e morreu dentro do carro
“Eu quero que ele pague o que fez com minha filha. Só quero justiça. Que a justiça nunca falhe. O que ele fez, não faz com ninguém. A vida, só quem tira é Deus. Minha filha tinha tudo pela frente para seguir a vida dela. Que ele pague o que ele fez”, diz dona Maria. “Ele é um assassino frio e calculista”, disse Júlio à época do crime.
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