O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (6) que pode recriar até três ministérios caso consiga a reeleição, em outubro. Ele citou, nominalmente, a possibilidade do retorno das pastas da Segurança Pública, Pesca e Indústria e Comércio.
“Nós pretendemos é, em havendo uma reeleição, dividir melhor os ministérios, criar no máximo mais três, para que possamos melhor administrar o nosso país”, afirmou Bolsonaro em entrevista à emissora Agro+.
Questionado sobre o restabelecimento do Ministério da Segurança Pública, agrupado à pasta da Justiça no início de seu governo, Bolsonaro afirmou que essa medida já foi estudada.
“Pela extensão do Brasil, eu acho que é positivo o reestabelecimento não só desse como de alguns outros ministérios que não haja dúvida, como Indústria e Comércio, por exemplo”, disse ele.
“Até a questão da Pesca pode ser estudada. Eu confesso que, quando assumi, não sabia a extensão da pesca. Passei a ter conhecimento com o secretário Jorge Seif”, complementou.
Bolsonaro, no entanto, descartou a recriação das pastas no atual mandato.
“Agora não, porque dependeria da criação de cargos, não temos manobra para isso aí. Criamos com muita dificuldade o Ministério das Comunicações, foi muito bem-vindo. E está sendo muito bem administrado pelo Fabio Farias”, disse ele, lembrando o reestabelecimento da pasta em 2020.
As pastas da Indústria e Comércio e da Pesca perderam o status de ministério, respectivamente, em janeiro de 2019, e outubro de 2015. A primeira foi incorporada ao Ministério da Economia no início do governo Bolsonaro; a segunda se tornou parte do Ministério da Agricultura ainda na gestão de Dilma Rousseff (2011-2016).
Na campanha de 2018, Bolsonaro prometeu cortar o número de ministérios do Brasil caso fosse eleito presidente; ele chegou a dizer que um eventual governo dele teria 15 ministros, “no máximo”. Na época, o país tinha 29 pastas com status de ministério.
O atual presidente iniciou sua gestão com 22 ministérios, número alterado para 23 com a recriação das pastas das Comunicações e do Trabalho e Previdência – durante esse período, o Banco Central deixou de ser ministério ao ter sua autonomia aprovada em 2021.
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