Famílias agricultoras das comunidades Serra Branca no município de Casa Nova, Barra da Fortuna em Uauá e Sítio de Alexandre, Santana e arredores em Curaçá, assessoradas pelo projeto Ater Agroecologia e a equipe do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) receberam visita técnica da Bahiater entre os dias 24 e 27 de maio. O Projeto executado pelo Irpaa acompanha 540 famílias agricultoras nos municípios de Casa Nova, Curaçá, Uauá, Juazeiro, Remanso e Pilão Arcado.
A visita tem o objetivo de monitorar e avaliar o nível de satisfação dos assessorados e das assessoradas, além do andamento do projeto, de modo a verificar se está sendo executado como planejado, como destaca o colaborador do Irpaa, Alessandro Santana, "É muito importante quando a própria Bahiater vem ver e conversar com os/as beneficiários/as, porque vê que não é só o que está escrito [no relatório], mas conversar diretamente com quem recebe a assessoria técnica e extensão rural. (...) Ao conversar com os beneficiários, vê como a assessoria está chegando, se está chegando como foi pensada na chamada".
Para isso, o fiscal da Bahiater, Marcos Vinícius Rebouças, visitou algumas famílias, conversando e conhecendo a produção das propriedades, como explica o fiscal, que também parabeniza a forma como o trabalho está sendo desenvolvido junto às famílias. "Procuramos saber aqui o desenvolvimento da comunidade em relação a este projeto. Vocês estão de parabéns com este trabalho. É gratificante também para nós fiscais, rodar aqui e ver a alegria dos beneficiários e a constância que vocês estão nas comunidades".
As famílias agricultoras acompanhadas pelo projeto Ater Agroecologia, também acham importante visitas de representantes do Bahiater, porque tem a oportunidade de mostrar o quanto os projetos são importantes e necessários para o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional, além de contribuir com a renda da família. "Fico muito feliz em está recebendo esta visita. [Com o Projeto] mudou muita coisa, graças a Deus, porque a gente come, se alimenta dos frutos que a gente produz e não tem veneno e ainda vende para a vizinhança e queremos vender para fora também [Com a renda extra], a gente compra arroz, feijão, óleo, café, essas coisas", afirma a agricultora, Damiana Borges, do Sítio de Alexandre, que também já utilizou dos ensinamentos dos técnicos do Irpaa, para fazer composto e remédio para matar os insetos que às vezes atacam a plantação.
O agricultor Edilson Santana, também do Sítio de Alexandre e arredores, fala dos benefícios que o Projeto já trouxe para sua família: "Em casa, já tem mais alimentos saudáveis que a gente produz. Antes, a gente tinha o costume de plantar alface e coentro, e hoje, a gente tem beterraba, cenoura, acerola; e o que a gente não consome, consegue gerar renda, conseguimos vender (...) Planejamos uma feirinha, num colégio, fizemos a banquinha e conseguimos iniciar a venda, (...) e já estamos querendo expandir para comunidades maiores, como Patamuté que fica próxima".
Nesse sentido, a agricultora Selma Calixto, da comunidade Sítio de Alexandre e arredores também ressalta a importância do Projeto para as famílias. "A assessoria está sendo muito importante para gente, gera conhecimento, a gente vai aprendendo com eles [os técnicos]. Aprendemos como combater as pragas com uso do fumo, sabão de coco e álcool. Eu fiz essa prática e deu certo, foi muito bom (...)", destaca Selma.
As visitas são importantes para ajudar o Estado a saber como está a qualidade das ações de políticas públicas destinadas ao povo. E nesta ida à comunidade, as famílias assessoradas têm a oportunidade de serem ouvidas. "As famílias ficaram contentes e satisfeitas por ver que o estado está próximo, não é só a contratada que está ali na sua casa, que veem mais constantemente, (...) elas ficam muito contentes em poder mostrar como o recurso está sendo aplicado. Ficam muito gratas em receber as pessoas envolvidas neste monitoramento, e fazem questão de mostrar o que tem feito com muito orgulho", como expõe Alessandro Santana.
Esta é a segunda visita realizada pela Bahiater aos municípios que o Irpaa executa o Ater Agroecologia, contribuindo, fortalecendo e dando transparência para que o Projeto ocorra como foi planejado, promovendo o desenvolvimento da agricultura familiar através da Convivência com o Semiárido.
O projeto Ater Agroecologia é financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater).
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