Dentre alguns fatores que começam a envolver o próximo pleito eleitoral e que causam preocupações ao nosso eleitorado, são as posições extremas de radicalismo adotadas pelas alas políticas mais fortes - Esquerda e Direita -, nem sempre motivadas pelo desejo de convencer o eleitor dos seus propósitos e princípios ideológicos. Estão atreladas ao uso da baixaria indiscriminada e da estratégia das Fake News, ou seja, da geração das mentiras levianas que anarquizam e confundem o processo democrático, prática que tem tomado proporções cada dia mais irresponsáveis.
Já de algum tempo é perceptível o tom pouco elegante no linguajar político usado em público e em entrevistas, pelos candidatos que lideram as pesquisas e que se apresentam como prováveis contendores habilitados para um 2º. Turno em outubro próximo. O grau de otimismo reinante entre os eleitores simpatizantes desses grupos adquiriu uma dimensão de tal intensidade que, para eles, as pesquisas não têm qualquer legitimidade quando os índices não satisfazem o seu interesse.
De sã consciência, algo me parece vago e de um descontrole intolerável. É a ideia plantada pela Assessoria de Comunicação dos dois principais candidatos - o atual Presidente e o ex-Presidente -, de que os dois devem ser exaltados aos gritos apaixonados de “Mito, Mito!”, como ocorre nas manifestações públicas, quando, na verdade, de “Mito” ambos não têm nada, se analisado pela ótica mais apurada do real significado da palavra.
Talvez, para melhor compreensão desse devaneio que simboliza um estado de espírito de quem se deixa levar por imagens e sonhos, creio que cabe uma síntese do sentido etimológico do que seja um “mito”:
“Algo ou alguém cuja existência não é real; Crença construída sobre algo ou alguém; Ocorrência ou ação extraordinária fora do comum, normalmente excessiva e deturpada pela imaginação ou pela imprensa; Conhecimento desprovido de verdade e sem fundamento; Expressão figurada, não real, de qualquer outra coisa; alegoria”.
Obviamente, que a avaliação restritiva se restringe aos indutores dessa prática audaciosa, e nunca ao eleitor ou simpatizante, porque a esse é inalienável o direito democrático de se manifestar, não importa os seus argumentos, desde que não sejam pela violência.
Nada mais conclusivo e contundente, do que essa definição etimológica do que seja um “mito” real. Mostra-nos um Brasil caminhando na contramão da realidade e envolvido por emoções ilusórias, tanto ao trilhar pelos caminhos da Esquerda como pela Direita. A nenhum dos dois cabe o apelido utópico, como dito acima.
Outro detalhe que visa perturbar a tranquilidade das eleições, é o questionamento sobre as urnas eletrônicas, já examinadas em conjunto por técnicos e auditores de todas as tendências e Entidades, sem a consequência de nenhuma condenação. Ora, se a fraude no sistema é algo real, logo há dúvidas sobre a legalidade dos eleitos nas eleições anteriores, inclusive o Presidente. Quem fraudou o equipamento, então?
O triste cenário que se vislumbra, é que aqueles que não aceitam as principais opções de candidatos existentes, estão mais perdidos do que “alguém no mato, sem cachorro”! Isso porque a denominada “Terceira Via” não decolou como uma variante do processo eleitoral. O que deveremos assistir, em breve, é o jogo político fechando os tradicionais conchavos, resultando que dos 15 pré-candidatos teremos o pleito polarizado em torno de dois nomes. Alguma dúvida sobre isso?
Outro fato interessante é que, enquanto tudo isso se desenrola, o eleitor atento e curioso na busca de soluções, está a se perguntar: “E o Centrão, então, é a alternativa”? Pediria calma e tempo para uma breve reflexão. Já notaram que o Centrão não ganha eleição, mas está sempre do lado do vencedor! Conclui-se que, “time que sempre ganha, não se mexe”! Essa “Terceira Via” é seduzida pelo poder, permanentemente! Essas palavras os definem.
Com toda certeza o jogo político é complexo e de difícil compreensão, ficando o eleitor à mercê das balas perdidas dessa guerrinha, e em alguns momentos guerrilha, que é travada em busca do seu voto. Abaixo as Fake News!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público - Salvador-BA
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.