Assim como a nossa sociedade está em constante evolução, não poderia ser diferente com o modo com que cuidamos e tratamos de nossas empresas. Tudo evoluiu e se transformou, e nossas relações pessoais e profissionais também seguiram esse rumo.
Com os reflexos da pandemia, observamos um salto tecnológico gigantesco sobre a nossa cultura, o que já era esperado. E vou te mostrar o porquê.
Se avaliarmos historicamente a evolução da nossa sociedade, todo período pós-crise é marcado por uma transformação. Seja ela relacionada à energia, transporte ou tecnologia.
Após a 1ª Guerra Mundial, por exemplo, alguns inventos mudaram nosso cotidiano, como lenços de papel, zíper, raio-x e relógio de pulso. O desenvolvimento da aviação civil também foi uma consequência desse período, e, além disso, houve a transformação da matriz energética - passamos do carvão para o petróleo.
Após a 2ª Guerra Mundial, a indústria também foi obrigada a expandir, marcando a presença do comércio exterior, a revolução dos transportes e o desenvolvimento tecnológico.
Historicamente, o cenário de transformação se repete quando analisamos outros grandes períodos de crise, como a epidemia da gripe espanhola, em 1918, a crise de 1929, conhecida como Grande Depressão, a crise econômica de 2008 (Bolha do Mercado Imobiliário dos Estados Unidos), dentre outras.
Todo esse traço histórico demonstra que a sociedade exige uma mudança pós-crise, assim como a que estamos atravessando atualmente.
A transformação não começou agora, mas foi acelerada
Nos últimos 20 anos, principalmente com o nascimento das startups, passamos a incorporar a tecnologia em nosso dia a dia, iniciando em nossas casas, estendendo aos nossos trabalhos, e, consequentemente, alastrando por todas as nossas relações, pessoais e comerciais.
Assim, embora estejamos atravessando essa evolução digital há anos, é inegável que, durante a pandemia, a transformação tecnológica teve sua aceitação e implantação aceleradas em nosso cotidiano pessoal e, principalmente, profissional.
E o que aprendemos com isso?
Precisamos nos moldar às mudanças da nossa sociedade. Somente assim estaremos em constante evolução, e não deixaremos que nossos negócios sejam ultrapassados e esquecidos.
Um grande exemplo de transformação pode ser identificado em um dos instrumentos mais antigos da nossa sociedade: o contrato. Inicialmente, em sua forma tácita, já pautava vários acordos de vontade desde os primórdios da nossa coletividade. Afinal, quem nunca ouviu as expressões "no fio do bigode" e "o combinado não sai caro"?
Essa cultura foi se transformando com o passar do tempo, e, hoje, é de conhecimento geral que, para garantir segurança às relações, um contrato escrito é questão de necessidade.
E mais, com o avanço de nossas relações comerciais, que requerem agilidade, a forma digital ganhou popularidade. Nossos contratos, que antes eram feitos no "fio do bigode", hoje são digitais, com assinaturas eletrônicas e salvos em nuvem.
Além disso, não presenciamos alterações apenas no formato dos contratos. Nossas reuniões, por exemplo, também estão mais tecnológicas. Há não muito tempo, propor uma reunião pela internet não parecia uma boa ideia.
Atualmente, a maioria de nossas conferências é digital, e muitas barreiras foram derrubadas nesse sentido: aprendemos que podemos economizar tempo, otimizar atividades e contratar com qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, com o esforço de apenas um clique.
A evolução da nossa cultura social e empresarial exige transformação digital
Recentemente, toda uma mudança empresarial foi sentida em nosso cenário econômico, em algumas empresas mais, em outras menos. Mas, de modo geral, é fato que aquela organização que já namorava as evoluções tecnológicas e já era adepta à transformação digital e à Governança Corporativa, certamente, se destacou e conseguiu adaptar-se com menos dificuldade.
Investir em Governança Corporativa e entender como levar ao negócio o apoio tecnológico suficiente à segurança de mercado, com certeza, garantirá um diferencial competitivo de destaque.
O cenário global, portanto, nos ensina que todo período pós-crise exige transformação, e é preciso estar pronto.
Lidiane Praxedes Oliveira da Costa é advogada com atuação em direito empresarial e direito imobiliário, com mais de 16 anos de experiência. Enfatiza sua atividade em estratégias de desjudicialização de conflitos, com o objetivo de prezar pela segurança jurídica nas relações empresariais, e, consequentemente, implementar soluções para otimizar o lucro, aumentar os rendimentos e mitigar os riscos das atividades corporativas.
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