Sem manutenção adequada e supervisão governamental, estruturas de alto risco ameaçam cidades inteiras, aponta análise de dados feita pela DW. Ao todo, 1.220 são classificadas como barragens com alto potencial de dano.
Quase 1 milhão de pessoas vivem perto de barragens potencialmente perigosas no Brasil. Essa é a conclusão de uma análise feita pela DW, feita a partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB).
Os dados sobre barragens foram extraídos em fevereiro de 2022 e cruzados com a grade estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantamento que oferece o maior detalhamento possível da distribuição da população no território brasileiro, com base em informações do Censo de 2010.
Esse número se refere à quantidade de pessoas que vive a até 1 quilômetro de distância de uma das 1.220 barragens do país classificadas como de alto risco e com alto potencial de dano.
A classificação de alto risco indica que uma barragem apresenta danos estruturais, falhas de projeto ou falta de manutenção adequada. Na prática, isso significa que há um risco maior de erros e incidentes que podem levar ao rompimento da estrutura. O alto potencial de dano, por sua vez, significa que um eventual acidente pode gerar grandes custos ambientais, humanos ou econômicos.
Os riscos para a população que vive perto dessas barragens são exacerbados por um sistema de governança falho. Ignorando exigências legais, muitas das estruturas não possuem planos de segurança e emergência que descrevam o que deve ser feito em caso de desastre.
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