Redução das vazões da UHE Xingó, de grande amplitude e com velocidade impossível de ser acompanhada pela ictiofauna aprisiona peixes em poças no leito do rio São Francisco.
O Baixo São Francisco vem sendo submetido a uma crise hídrica localizada imposta pelo setor elétrico, causando impactos não só à população ribeirinha mas também aos ecossistemas aquáticos.
Mesmo com os reservatórios em situação geral na bacia próxima aos 90% de seu volume útil, a CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, por determinação do ONS – Operador Nacional do Sistema, vem operando a UHE Xingó com vazões mínimas abaixo de 800 m³/s (oitocentos metros cúbicos por segundo).
A vazão mínima ainda se encontra dentro da faixa autorizada pelo IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, que estabeleceu como vazão mínima na renovação da LO – Licença de Operação da UHE Xingó (2021) o valor de 700 m³/s.
A situação de penúria hídrica do Baixo São Francisco ocorre sem que sejam conhecidas reações concretas da parte dos estados de Sergipe e Alagoas, dos municípios ribeirinhos, dos entes da gestão das águas do Velho Chico e da sociedade.
Foto e reportagem de: Carlos E. Ribeiro Jr./InfoSãoFrancisco
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