Mães e filhos da Economia Solidária geram possibilidades de renda com a produção de alimentos

07 de May / 2022 às 18h00 | Variadas

A goiabada cascão é um doce que reúne sabor e muito afeto, preparado pelas mãos habilidosas de mães da Economia Solidária. O produto é desenvolvido pela Associação de Moradores e Produtores de Baixa Grande e Região (AMPROBE) de Casa Nova, empreendimento que recebe assistência técnica para comercialização do Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco (CESOL-SSF), projeto vinculado a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (SETRE).

O trabalho também é realizado por mãe e filha. Maria Inês da Silva Braga e Leidilaura da Silva Braga atuam juntas na produção do doce cascão em barra e cremoso, assim como todas as atividades que realizam do dia a dia. Leidilaura é uma das sete filhas de Maria Inês, trabalhadora rural que sempre atuou na lida com a roça. Ela nasceu na comunidade de Atoleiro, no município de Casa Nova, tem cinco filhos e sua principal renda vem da produção do doce cascão.  

Após a morte do pai, Leidilaura e seus irmãos cuidam da mãe Maria Inês, que mesmo aposentada continua fazendo atividades na associação, com o propósito empoderar e fortalecer as mulheres e a comunidade. "É muito bom trabalhar com a minha mãe, está perto dela observando como ela está. Sempre desempenhamos atividades juntas", explicou a filha.

As duas mulheres são cozinheiras de mão cheia e junto com as demais associadas, levam histórias e sabores para os clientes dos produtos. As duas atuam na associação desde a fundação que aconteceu em 2003. "Gosto muito de fazer o doce. É um momento de terapia para todas nós que estamos na produção. Quando nos reunimos, é uma alegria e produzimos tudo com muito carinho. É muito bom trabalhar com a minha filha. Cuidamos uma da outra", explicou Maria Inês.

DOCE CASEIRO EMANUEL

Na cidade de Juazeiro, no Norte do estado, o grupo familiar Doce Caseiro Emanuel atua com a produção de doce de caju, geleia de tamarindo com pimenta, melaço de caju, tamarindo caramelizado. O nome do grupo foi escolhido em homenagem ao filho Emanuel, uma criança de sete anos.

O empreendimento é representado por Ariane Ribeiro, mãe, esposa, que encontrou junto com o marido uma alternativa de renda da família por meio da produção dos doces. O empreendimento também é atendido pelo Centro Público e é sucesso de vendas por onde passa.

"Como tínhamos um bebê de meses em casa, e não tínhamos outra possibilidade de trabalho, precisávamos pensar em uma alternativa de renda urgente e foi quando começamos a produção dos doces", afirmou Ariane.

O amor de mãe e filho, o cuidado, afeto presente na relação dos dois é refletido no sabor de cada produto do empreendimento, que tem ganhado os paladares mais exigentes no território Sertão do São Francisco e capital.  

"A produção envolve o amor que temos pelo nosso filho e tentamos levar para os nossos clientes", explicou Ariane.

COMERCIALIZAÇÃO

Os produtos da Amprobe e Doces Caseiro podem ser encontrados na loja de Economia Solidária Empório Meu Sertão que fica na Rua Canafístula, nº 140, bairro Centenário em Juazeiro.

Ascom CESOL

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