A idosa Maria Gomes dos Reis, de 121 anos, foi "descoberta" pela Prefeitura de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, após passar mal e precisar de um atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A baiana pode ser a pessoa mais velha do mundo.
Acamada, a aposentada mora com a neta Célia Cristina, já que todos os filhos já morreram. “Dou comidinha na boca, nós temos que fazer tudo, trocar faldas. A minha vida agora está resumida em cuidar dela”, contou a neta de Maria Gomes.“Ela criou os netos e bisnetos. Ela que cuidava de tudo. Era bem ativa até pouco tempo, cozinhava, lavava roupas”, afirmou.
A pessoa mais velha do mundo, reconhecida pelo "Guinness Book", o Livro dos Recordes, era a japonesa Kane Tanaka, de 119 anos, que morreu no dia 19 de abril deste ano.
Agora, o título passou a ser da freira francesa Lucile Randon, de 118 anos, nascida em 11 de fevereiro de 1904. Embora nenhum órgão oficial atribua o título, a irmã Andrés se tornou a pessoa mais velha e "de longe", já que é seguida por uma polonesa de 115 anos, disse Laurent Toussaint à Agência France-Presse (AFP).
“A idade avançada a gente sabe que ela tem, mas saber que ela é a mais velha do mundo? A gente fica até abismada”, brincou a neta de Maria Gomes.
Apesar das delicadezas e dos cuidados, a idosa está acamada há pouco mais de oito anos. Antes disso, não faltava uma missa.
São 13 bisnetos, seis tataranetos e a família tem a expectativa de que Maria Gomes veja a 5ª geração nascer.
Além da neta Célia Gomes, as bisnetas Vitória Stefani e Ivanilde Gomes cuidam de todas as burocracias que a aposentada precise.
“Sou responsável por ela, porque ela não tem condições de se locomover para fazer prova de vida. Eu que resolvo algumas coisas por ela”, contou Vitória Stefani.
A jovem afirma que a bisavó ainda conversa com as pessoas, apesar das dificuldades e do esquecimento.
“Ela ainda tem noção de muita coisa, conversa com a gente, as vezes ela esquece quem é, agora que com mais frequência ela não está lembrando”, contou Vitória.
Ivanilde foi morar com Maria quando tinha 6 anos e é muito grata pela educação e apoio oferecidos pela idosa.
“Nunca me faltou nada, e ela sempre falava a seguinte frase, que eu levo para a minha vida: ‘Vai estudar, menina’. Se hoje eu consegui fazer uma graduação foi graças ao incentivo que eu tive da minha bisavó”, disse.
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