O vereador Gaturiano Cigano, que deixou a peninteciária Dr Edvaldo Gomes, em Petrolina, no último dia 13 de abril, depois de passar cerca de 50 dias preso, voltou a participar das sessões da Câmara de Vereadores Municipal nesta terça-feira (19). Antes de fazer uso da tribuna livre e discursar para os colegas vereadores, o parlamentar apresentou algumas proposições.
Gaturiano Cigano chegou acompanhado de diversos familiares e amigos. No início de sua fala, o parlamentar disse que retorna à Casa Legislativa "renovado, de espírito construído, de valores reconstruídos, ainda mais firme com a missão com o povo que me elegeu". Destacou ainda que, durante o período que esteve ausente da Casa, pode ver "como tantas pessoas estão preocupadas apenas em julgar, condenar, sem sequer oportunizar o direito de defesa. Isso é triste. Essas tantas pessoas que usaram das redes sociais para fazer bombardeiros, sem sequer saber da realidade dos fatos".
Em relação às acusações feitas contra ele, Gaturiano reiterou: "Posso afirmar que confio ainda mais na Justiça pública. Estarei presente para prestar todos os esclarecimentos quando for chamado. Se tem uma coisa que eu não fujo, nem corro, é da Justiça e com o compromisso com o meu povo de Petrolina. [...] Sou parte de uma minoria, de um povo cigano. Sei o que é ser oprimido, sofrer preconceitos. E é exatamente por isso que eu me sinto mais próximo das realidades das minorias. E hoje estou aqui, renovamento meu compromisso com vocês", disse Cigano, acrescentando que vai continuar lutando em favor das comunidades periféricas.
O parlamentar agradeceu aos amigos e familiares pelo apoio e pelas visitas durante sua prisão.
Caso arquivado
Ao g1, o advogado do vereador, Marcílio Rubens, disse que a expectativa da defesa é a de que o processo contra o vereador seja arquivado. “O que a defesa espera é que a denúncia não seja recebida, já que não há elementos de prova consistentes para justificar uma perseguição criminal em desfavor do seu Gaturiano Pires”, explicou.
Operação Errantes
O parlamentar estava preso preventivamente desde o dia 23 de fevereiro. O parlamentar seria um dos alvos da operação errantes, que investiga fraudes de benefícios da previdência social. Os prejuízos aos cofres públicos poderiam chegar a 100 milhões de reais, caso o grupo não tivesse sido desarticulado. Foram cumpridos 24 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão, inclusive, na casa do vereador e no gabinete dele na câmara. A denúncia foi feita à justiça pelo Ministério Público Federal.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.