Com a volta às aulas presencial e a chegada do outono, que aconteceu em 21 de março, os números de casos de crianças com doenças respiratórias, virais e bacterianas praticamente triplicaram. Os atendimentos no Hospital Dom Malan nos últimos meses subiram de uma média diária de 30 para 100.
Somente em março, o serviço registrou 2.763 atendimentos no Pronto Socorro Infantil e 372 internações. Por isso, a unidade de saúde faz o alerta: É preciso aumentar os cuidados.
"Em geral, sempre temos essa elevação dos números no primeiro trimestre do ano por conta das doenças sazonais. Mas, com o retorno das aulas presenciais e do período atípico de chuvas, sentimos essa demanda crescer de uma forma mais acelerada", informa a diretora de Atenção à Saúde, Tatiana Cerqueira.
Pela experiência dos anos anteriores, esse pico de incidência vai até julho, englobando o inverno, período em que aumenta a circulação de vírus, resultando em maior número de casos de gripe, resfriado comum, bronquiolite (infecção que gera acúmulo de líquidos nos pulmões) e rinite (inflamação da mucosa que reveste a cavidade do nariz e dos seios da face).
"Os mais comuns em circulação são os vírus sinciciais respiratórios [VSR] e os da Influenza A e B. Para ambos, a principal forma de prevenir é evitando o contato com pessoas doentes, ambientes fechados, mantendo o uso de máscara e a constante higienização das mãos. Nada do que a gente já não saiba, visto que tais medidas foram amplamente divulgadas no período da pandemia", reforça.
Outra medida de extrema importância é a vacinação. "É imprescindível imunizar as crianças contra a Covid-19, Influenza e aderir a todas as campanhas anuais feitas pelo Ministério da Saúde. Vacinas realmente salvam vidas", completa a diretora.
Vale lembrar que primariamente todas essas infecções são virais. Sendo assim, o tratamento é sintomático e se dá apenas com hidratação, uso de soro fisiológico e antitérmico, se houver febre.
As doenças respiratórias, em sua maioria, começam com coriza, tosse e podem evoluir para um quadro clínico com falta de ar e febre. Os pais devem redobrar a atenção quando há muita falta de ar, febre persistente, e se a criança apresenta muito cansaço ou tende a ficar prostrada.
Quando houver febre persistente acima de 38,5º, ou agravamento do quadro com falta de ar ou cansaço excessivo, os pais devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa, evitando a piora do quadro clínico. Caso julgue necessário, o profissional de saúde fará o encaminhamento ao hospital de referência, como o Dom Malan.
"Essas informações são importantes, pois evitam a superlotação desnecessária dos serviços hospitalares, garante a assistência de qualidade aos pacientes e ainda previne a infecção cruzada", finaliza Tatiana.
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