Artigo - A mulher no mundo tecnológico: progressos e tarefas pendentes

12 de Apr / 2022 às 23h00 | Espaço do Leitor

Durante a pandemia, a liderança das mulheres foi fundamental, mas é necessário manter o impulso para que possam ser maiores agentes de mudança, especialmente no mundo da tecnologia.

Os direitos das mulheres e a igualdade de oportunidades em relação a seus pares masculinos têm mudado nos últimos anos. A inserção da mulher no âmbito do trabalho está crescendo em todo o mundo; no entanto, ainda há um caminho a percorrer para que se possa falar em um verdadeiro equilíbrio.

O Fórum Econômico Mundial (WEF) estima que o mercado de trabalho global pode absorver cerca de 150 milhões de novos empregos tecnológicos ao longo dos próximos cinco anos e prevê, além disto, que alguns trabalhos tradicionais se transformarão em “trabalhos tecnológicos”, o que significa uma necessidade de mais pessoas com habilidades digitais. 

Outros indicadores do WEF preveem que até 2030, 77% dos trabalhos exigirão habilidades relacionadas à tecnologia. Embora haja uma demanda crescente e não atendida no mundo das ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês), o déficit de mulheres é evidente. Segundo a UNESCO, apenas 35% dos estudantes de STEM são mulheres em todo o mundo. E apenas 25% de quem trabalha no setor de TIC são mulheres, de acordo com um estudo da ONU Mulheres.

De acordo com o Relatório sobre a lacuna de gênero global 2021 do Fórum Econômico Mundial, as lacunas de gênero são mais prováveis em setores que exigem habilidades técnicas disruptivas. Em Cloud Computing, por exemplo, as mulheres representam 14% da força de trabalho; em Engenharia, 20%; e em Dados e IA, 32%. 

Por este motivo, a preocupação em relação à lacuna de gênero nestas áreas continua, o que representaria uma perda de potencial talento, criatividade e inovação. A conquista da igualdade de gênero em STEM permite garantir que mulheres e homens contem com as habilidades e oportunidades necessárias para contribuir e beneficiar-se igualmente dos desenvolvimentos relacionados.

Apoiamos a inclusão do talento feminino, assim como a diversidade de nossos colaboradores, e mantemos um compromisso constante com o fomento de uma cultura diversa e inclusiva. 

Acreditamos que a mistura de pontos de vista, talentos, experiências, históricos e crenças, presente em nossa empresa, são respeitados. Valorizamos os direitos e liberdades individuais e promovemos uma cultura de respeito mútuo, cumprindo estritamente com as políticas para proporcionar um local de trabalho livre de discriminação, assédio e represálias, assim como outras políticas destinadas a garantir a igualdade de oportunidades e o tratamento justo para todos.

Hoje, estamos diante de uma grande oportunidade de potencializar as carreiras de mulheres talentosas e criar uma tecnologia que atenda e reflita todos nós, sem distinções além do próprio talento. 

Por Tatiana Fonseca - Vice-presidente de Operações da Lumen. Graduada em Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações pela PUC-MG e pós-graduada em Gestão de Negócios/TI e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral, Tatiana Fonseca tem experiência de 23 anos na liderança de equipes em grandes empresas do setor de telecomunicações. Na trajetória profissional, destaca-se sua atuação como diretora sênior de Operações da TIM Brasil, na qual liderou Operações de Rede e TI, e como executiva de Operações na Oi.

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