Após dois anos consecutivos de perdas, a indústria hoteleira do Brasil - um dos setores mais prejudicados com a pandemia por conta da Covid-19 - começa a se reerguer.
Essa recuperação para voltar a crescer deve-se, sobretudo, à aprovação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que inclui a hotelaria entre os beneficiários do programa. O autor do programa que virou lei, o deputado federal Felipe Carreras, será homenageado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-PE), com um jantar de agradecimento nesta segunda-feira (11), no Mar Hotel Conventions, em Boa Viagem.
"É uma honra para mim defender o setor de turismo e eventos, que é responsável por mais de 4% do PIB do Brasil. Em 2021, pelo menos 530 mil eventos deixaram de acontecer e isso acarretou uma perda de faturamento na ordem de R$ 140 bilhões", comenta Felipe Carreras. Para o Perse, o setor de eventos engloba serviços no turismo, hotelaria, realização de congressos, eventos esportivos, feiras de negócios, entre outros.
Para o presidente nacional da ABIH, Manoel Cardoso Linhares, essa conquista é uma vitória do turismo de todo o Brasil. "Em nome da ABIH Nacional, quero agradecer ao deputado Felipe Carreras pelo seu trabalho e empenho para a promulgação do Perse. Somos um dos setores que mais sofreram com os efeitos da pandemia. Além da recuperação, o Perse permitirá uma retomada segura da indústria do turismo, responsável por gerar inúmeros empregos e divisas para o País", afirma Linhares.
O Perse visa garantir, para os setores de eventos, turismo e artístico, a manutenção de milhares de empregos, refinanciamento de dívidas, desoneração fiscal e outros benefícios. "Com um grande alcance na economia, a indústria hoteleira precisava de um combustível para continuar trabalhando. Um setor que é mola propulsora, que gera emprego e renda em todo o Brasil e foi tão penalizado pela pandemia", acrescenta Carreras.
Nos primeiros 12 meses da pandemia, o presidente da ABIH-PE, Artur Maroja, lembra que o setor de hotelaria e turismo ficou praticamente parado. "Isso fez com que a vida das empresas ficasse com um prognóstico seriamente comprometido e precisávamos nos recuperar desse golpe terrível que a pandemia nos deu. O Perse coloca o setor novamente no caminho do desenvolvimento, tornando as empresas saudáveis e com condições de gerar emprego e renda de forma sustentável", afirma Artur Maroja.
O vice-presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGA CVB) e da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Otaviano Maroja, ressalta o ineditismo de uma lei federal voltada para o setor. "O Perse é um feito inédito na esfera federal. O endividamento do setor durante a pandemia foi alto demais. A atuação do deputado Felipe Carreras foi impressionante, ao conseguir transformar o Perse em lei. Quando a pandemia começou, todo mundo se isolou e parou de viajar; fomos um dos primeiros impactados e um dos últimos a conseguir voltar a trabalhar", conta Maroja.
Para a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos em Pernambuco (Abeoc-PE), Tatiana Marques, a experiência de Felipe Carreras como secretário de turismo do Recife e de Pernambuco foi muito importante para esse olhar mais sensível, enxergando todo o potencial do setor. "Com todo o conhecimento que ele carrega, Felipe enxergou o grande potencial de geração de negócios que a cadeia do turismo possui. O Perse foi idealizado por Felipe Carreras, que tornou realidade a partir de uma grande articulação nacional, feita por ele, para a recuperação do setor. O Perse venceu barreiras e sensibilizou a todos por uma questão de recuperação de qualidade de vida", explica Tatiana.
O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) virou lei (Lei 14.148/21) com a publicação, no dia 19 de março deste ano, no Diário Oficial da União, da promulgação do presidente da República. Uma conquista inédita para o setor de eventos e turismo, com uma série de ações emergenciais. O Perse garante isenção de tributos sobre as receitas decorrentes das atividades de eventos por cinco anos, dando um respiro e uma oportunidade de retomar o crescimento do setor. Entre outros benefícios, o programa também vai pagar indenização de até R$ 2,5 bilhões aos beneficiários que sofreram uma redução de, no mínimo, 50% no faturamento entre os anos de 2019 e 2020.
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