O senador Oriovisto Guimarães (Podemos) retirou sua assinatura para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito neste sábado (9) em uma publicação na redes sociais do senador.
Segundo o parlamentar, embora acredite que “fatos graves” ocorreram no Ministério, “uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”.
Sem o apoio de Oriovisto, o requerimento fica com 26 assinaturas – faltando uma para atingir o mínimo necessário para dar procedimento ao processo de abertura das investigações.
Após o anúncio da saída de Oriovisto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fez uma publicação no Twitter dizendo que continuarão atrás de assinaturas para instalar a CPI do MEC. “Eles não podem sair impunes!”, afirmou.
Se atingir novamente as 27 assinaturas, o documento vai ao plenário para a leitura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que decide sobre a abertura ou não da CPI.
A crise no MEC começou após o jornal Folha de São Paulo ter revelado um áudio do então ministro Milton Ribeiro dizendo que municípios próximos ao pastor Gilmar Santos teriam prioridade em suas demandas. Em depoimento à Polícia Federal, Ribeiro confirmou a autoria do áudio, mas afirmou que a gravação foi tirada de contexto.
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