O cenário político da cidade de Petrolina anda bastante movimentado essa semana. É que após a renúncia de Miguel Coelho (União Brasil), na última quarta-feira (30), para disputar o Governo de Pernambuco, algumas movimentações políticas já vêm acontecendo na cidade. Exonerações publicadas no Diário Oficial do Município de hoje (1º) sinalizam, inclusive, uma possível nova racha da família Coelho, após fatos políticos que ganharam a imprensa mais cedo.
O primeiro dia do mês de abril foi marcado pelo ex-prefeito Guilherme Coelho anunciando que permanecerá em seu atual partido, o PSDB, e, que portanto, vai apoiar a candidatura de Raquel Lyra, da mesma sigla, ex-prefeita de Caruaru, que também entrará na disputa pelo Estado. Pré-candidato a deputado federal, ele havia anunciado, publicamente no final do ano passado, a possibilidade de mudar de partido para apoiar Miguel Coelho.
“Sou do PSDB há alguns anos, levado pelo governador Geraldo Alkmin, mas hoje tenho alinhamento com Miguel Coelho. Admito trocar de partido, mas estou conversando. A política é dinâmica. Nós temos tempo e eu vou usar esse tempo. Na política precisa de paciência”, disse Guilherme, em dezembro passado, à Folha PE.
Porém, nesta sexta, Guilherme Coelho anunciou sua permanência no PSDB, e consequentemente seu apoio à Lyra, ao dizer que recebeu convites de diversos partidos, mas optou por atender aos apelos dos tucanos. "Foi uma decisão natural, estou no PSDB há mais de 10 anos e sempre fui adepto à fidelidade partidária. Além do mais, vejo no meu partido viabilidade eleitoral para chegar à Câmara de Deputados", falou Guilherme Coelho, que anunciou ainda dobradinha com Lucinha Mota, pré-candidata a deputada estadual.
Simão Durando não gostou
Pouco tempo depois da repercusão na imprensa, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (União Brasil), disse ter recebido com surpresa o pronunciamento do ex-deputado Guilherme Coelho, e lamentou a decisão. "Respeitamos a posição e a história de Guilherme Coelho, porém, discordamos de sua decisão. Estivemos juntos nos últimos anos, construindo um projeto que propiciou a verdadeira transformação em Petrolina. Porém, Guilherme preferiu priorizar outros interesses", disse Durando em nota enviada à imprensa [leia na íntegra].
Nomes ligados à Guilherme são exonerados da prefeitura
E não parou por aí... Uma portaria publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Município trouxe a exoneração da secretária Glaúcia Andrade, da pasta de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, bem como de Ricardo Alves de Sousa, secretário executivo lotado na referida pasta. Ambos eram apadrinhados por Guilherme Coelho. Logo, com a notícia de seu não apoio à Miguel, antecessor de Simão, os servidores foram exonerados da gestão.
Para o cargo que pertencia a Glaucia, quem assume é Doriane Secchi Mascarelo, que é da família de Lara Secchi, esposa de Miguel Coelho. Sua nomeação também já foi publicada no Diário Oficial.
Nova racha dos Coelhos?
Apesar de ter andado durante anos em caminhos divergentes com o grupo do senador Fernando Bezerra (MDB), os primos selaram a paz há alguns anos e até então, estavam andando juntos. Guilherme Coelho, também à Folha PE, chegou a dizer que comunicou a sua decisão de pré-candidatura a Miguel Coelho, que na época estava ainda a frente da gestão de Petrolina.
“Com Miguel eu tenho excelente relacionamento, nunca mandei uma mensagem para que ele não me respondesse. Fui falar com ele que seria candidato e ele me disse que achava justo o meu pleito. ‘Você é da área, é do ramo, então vá em frente’, me disse ele”, afirmou.
Porém, as movimentações políticas dessa sexta-feira sinalizam que as coisas podem ter esfriado, novamente, entre os Coelho. Agora é só aguardar os próximos capítulos...
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