Cada vez mais se exige um levante profissional dos trabalhadores do setor cultural (Artistas, Produtores, Técnicos, etc.) de Juazeiro, ainda muito “bitolados” com o processo balconista-camarada de captação de apoio para seus trabalhos junto ao governo, muitos deles até pontuais em sua execução e de pouca resposta social, papel fundamental da arte.
Esses chamamentos de convocação da sociedade civil, a exemplo do Fórum de Cultura, para que sejam bem-sucedidos de fato, precisam da participação de todos, mas uma participação propositiva e com consciência legislativa e de cooperação da categoria, para que não continuem como massificados eventos pontuais e sem eficiência na efetivação das Políticas Culturais.
Os fazedores de arte de Juazeiro precisam entender de uma vez por todas que, as Leis Municipais de Incentivo à Cultura e todo o seu Sistema, precisam estar na pauta do Governo e na pauta de reinvindicações prioritária dos artistas.
Não dá para debater política cultural com artista que não lê, desconhece a importância da categoria, como trabalhadora, e governo que relega o setor a última instância da escala de prioridades no mandato. Isso vale para todos que OCUPARAM e OCUPAM o Executivo e Legislativo ao longo dos mais de 140 anos.
O Plano de Cultura e com ele todas as Leis do setor agonizam entre um governo e outro. Juazeiro está no hall da ostentação de títulos de maternidade na cultura e mais nada além disso cidade dos medalhões, apenas. Juazeiro viveu e vive uma ostentação histórica na Cultura a partir do faraônico da lordeza ribeirinha e da negação dos seus grandes ídolos, boa parte deles, relegados no berço e depois transformados em representantes do orgulho da cidade. Melhor nem citar os nomes.
Mais uma vez, que nessa tentativa de convocar os fazedores de arte, (tenhamos esperança e um tiquinho de crédito na Juazeiranidade, se ela de fato (R)existir) seja um marco prático na construção não só das propostas para o setor cultural e a aprovação do PLANO E TODO O SISTEMA DE CULTURA de Juazeiro mas, principalmente para que os artistas locais metam a cara no sol, se assumam como trabalhadores de uma categoria, se organizem de fato, se unam corporativamente e deixem para trás os umbigos de rei que tanto ostentam em si e per si, e assumam o lugar de fala e decisão sobre suas pautas junto ao Governo.
Esse Fórum precisa também um espaço para desmontar a manutenção histórica do discurso de que a Cultura não importa. Importante que fique claro que a Cultura na sua dimensão econômica, movimenta a economia local com a geração de empregos, prestação de serviços e na sua dimensão simbólica é quem melhor representa a imagem de Juazeiro para o mundo.
Marcos Velasch
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