Lotando a plenária da Câmara de Vereadores, os trabalhadores em educação de Juazeiro se uniram em busca de apoio para que os representantes do povo ajudem a intermediar as negociações com a prefeitura através da Secretaria de Educação.
Sem nenhuma resposta mesmo depois de toda movimentação feita com manifestação nesta terça-feira (7), a categoria não foi recebida pela gestão municipal para sentar com o sindicato e chegar a um acordo quanto ao pagamento integral do piso nacional do magistério.
Unidos para conquistar os 33,24%, os trabalhadores em educação de Juazeiro realizaram uma grande caminhada pelas ruas e avenidas para informar às comunidades de Juazeiro e Petrolina sobre o que está acontecendo. "O não cumprimento do piso nacional do magistério é uma falta de respeito com o trabalhador em educação e demonstra a falta de compromisso com os profissionais e a falta de interesse em negociar. Estivemos por mais de 3h na frente do Paço e não fomos recebidos, a educação não foi recebida para discutir esse reajuste e entendemos que depois de 12 anos a prefeitura vai entrar para a história por ser a primeira gestão a não cumprir a integralidade do piso nacional", enfatiza Gilmar Nery, diretor da APLB Sindicato em juazeiro.
Para ele, a atitude tomada pela gestão Suzana Ramos, pegou a todos de surpresa, mas deixa claro que os números são sempre favoráveis a eles que dizem estar cumprindo com o piso. "Estamos em Campanha Salarial e hoje estamos aqui para pedir o apoio dos vereadores, principalmente no sentido de intermediar as negociações", explicou Gilmar Nery.
Durante a sessão extraordinária, presidida pela vereadora Neguinha da Santa Casa, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, os 14 vereadores que se pronunciaram firmes ao dizer aos trabalhadores em educação que a causa deles é justa e que eles podem ficar tranquilos que serão atendidos com a votação totalmente favorável à categoria quanto ao reajuste. Todos usaram a palavra, sempre lembrando que têm em suas famílias, histórico de parentes ligados a educação no município e sustentando o voto ao Projeto de Lei que deve ser encaminhado à Câmara pelo executivo.
Os vereadores que foram unânimes em assegurar aos trabalhadores em educação que lotaram a plenária, que eles podem ficar tranquilos que nenhum deles irá votar contra o projeto a ser apresentado à Câmara e asseguraram verbalmente, que é certo que o governo irá cumprir com o pagamento integral do piso nacional do magistério.
"Desde a gestão de Isaac Carvalho, o pagamento vinha sendo feito de forma regular e fez com que a educação de Juazeiro alcançasse o maior índice do IDEB da região Norte, chegando até, a ultrapassar Salvador. Professo valorizado significa desenvolvimento e asseguro que não vamos votar a não ser que seja para o pagamento integral dos 33,24% do piso nacional", afirmou o vereador Alex Tanury.
O vereador Gildásio, deu total apoio aos professores fazendo uso de experiência pessoal, com o resultado da educação de seu filho autista, até então classificado como não verbal. "Graças à educação e ao trabalho desenvolvido pelos professores, meu filho de seis anos, que não usava a linguagem verbal teve grande evolução e por essa conquista, posso falar da importância que os professores têm na vida das pessoas. Não tenho como negar meu voto, porque sou testemunha que a educação transforma uma vida", falou emocionado o vereador.
Uma reunião ficou agendada para acontecer nesta quarta-feira (09) às 09h30 na Câmara de Vereadores entre APLB Sindicato e uma comissão formada pelos vereadores e comissão da Câmara para repassar toda a situação. "Ninguém quer paralisação ou greve. Amanhã realizaremos uma assembleia às 16h no auditório da sede da APLB para repassar o que foi discutido durante a reunião na Câmara. E precisamos lembrar e chamar a atenção dos gestores, pois é importante que todos participem junto com o s demais trabalhadores da educação de todas as atividades que buscam a garantia dos direitos de todos, indistintamente", ressaltou Gilmar Nery, diretor da APLB Sindicato em Juazeiro.
A categoria esteve em peso presente à sessão na Câmara pedindo aos vereadores que se engajem na luta, algo que, segundo Gilmar Nery, nunca foi preciso, mas este ano houve uma dificuldade por parte do executivo na concessão de um direito que é o reajuste real dos trabalhadores em educação, linearmente de 33,24%.
"Ficamos satisfeitos porque vimos uma adesão muito grande hoje. Queremos agradecer ao presidente Berg que passou para a vereadora Neguinha a presidência da sessão neste Dia Internacional da Mulher e se comprometeu com todos os trabalhadores em educação que a comissão da Câmara pudesse conversar com esse sindicato. A intenção é que coloquemos de forma clara para que eles possam entender na perspectiva de que seja resolvido de vez esse assunto e todos trabalhadores em educação possam ter seus direitos assegurados", finalizou o diretor da APLB Sindicato em Juazeiro.
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