Após caminhada pelas ruas e avenidas da cidade em direção ao Paço Municipal, os trabalhadores em educação de Juazeiro decidiram prorrogar por mais 72h a paralisação que já vem se estendendo devido à ausência de sinalização por parte da gestão Suzana Ramos em agendar uma reunião e receber a APLB Sindicato para conversar e chegar a um acordo.
Mais de duas horas depois de estarem reunidos em frente ao Paço, os trabalhadores em educação viram que não haveria nenhum contato com a gestão. A partir daí foi definida a prorrogação de paralisar as atividades por mais tempo nesta terça-feira (08), quando todos estarão na Câmara de Vereadores para pressionar os representantes do povo a apoiarem a causa da categoria pelo pagamento integral dos 33,24% de reajuste nacional do piso do magistério.
Com faixas e cartazes, acompanhados por carro de som, os trabalhadores seguiram pelas ruas e avenidas da cidade tendo, ao longo do caminho, o apoio da população que acompanhava a movimentação. "Professor na rua, Suzana a culpa é sua". Com esse grito, os trabalhadores em educação seguiram até o Paço Municipal, onde passaram quase três horas à espera de uma sinalização positiva para reunião e conversa com o governo - coisa que não aconteceu.
Observando e apoiando o ato dos trabalhadores em educação de Juazeiro, a professora de Casa Nova, Katiana dos Santos Reis, disse que por lá a situação está semelhante à de Juazeiro. "Estamos na mesma situação. O prefeito só nos deu 16% do reajuste que deveria ser 33,24%. Estamos já organizando uma mobilização em Casa Nova para fazer como Juazeiro e buscar nossos direitos. Ainda não conseguimos nada por lá, mas vamos à luta", afirma a professora.
"Essa é a primeira vez que uma gestão municipal se nega a pagar o piso nacional do magistério aos trabalhadores em educação. E é agora, nesse momento que precisamos do apoio dos vereadores de Juazeiro. Hoje temos aqui os vereadores Alex Tanury e Renato Brandão nos dando sustentação para levar nossa luta adiante. Ao longo dessa caminhada até o Paço, recebemos o apoio da população que chega e nos fala que precisamos manter a união até chegar ao nosso objetivo. Amanhã, terça-feira, dia 08 de Março, Dia Internacional da Mulher, estaremos juntos, para que os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em educação sejam garantidos", assegurou o diretor da APLB Sindicato em Juazeiro, Gilmar Nery.
A APLB lembra a todos que a Constituição assegura os reajustes em Lei e, de acordo com Gilmar Nery, nos últimos dez anos nunca houve uma manifestação sequer no sentido de reivindicar piso salarial. "A prefeita Suzana Ramos vai entrar para a história como a única que não pagou o piso. Temos 13 municípios cumprindo o piso nacional e pagando até mais que a porcentagem estipulada. Não podemos baixar a guarda e permitir que a prefeitura de Juazeiro pague menos que os 33,24%", acrescentou Gilmar Nery.
O movimento realizado hoje pelos trabalhadores em educação de Juazeiro tece apoio de outros sindicatos a exemplo do Sindicato dos Bancários, do Sindicato dos Eletricitários e da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Juazeiro. Presente ao movimento o vereador Alex Tanury disse que como vereador está comprometido desde 2020. "Não vamos aceitar que chegue à Câmara um projeto de lei como a prefeita quer, pois é preciso se comunicar, conversar e asseguro que estamos juntos nessa luta sempre em busca da valorização dos trabalhadores em educação de nossa cidade", afirmou Alex Tanury.
Professora do estado aposentada desde 2003, Rozenilde Pereira, apoia o movimento dos trabalhadores em educação da rede municipal ressaltando a importância da união da categoria na busca por seus direitos e completa dizendo que "nós, aposentados estamos há 8 anos sem reajuste e é preciso não só apoiar a luta dos colegas, como ir em busca, também dos nossos direitos enquanto aposentados. Todos nós precisamos dos reajustes garantidos por Lei", ressalta a aposentada.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.