"Um verdadeiro absurdo". Esta foi a frase mais ouvida pela reportagem da REDEGN de todos os motoristas que "foram surpreendidos" com o novo aumento do preço gasolina e do diesel na tarde deste sábado.
Em alguns postos de Juazeiro e Petrolina conforme mostra foto o litro da gasolina passou a ser vendida entre R$ 8,20 e até R8,30 neste sábado (5). No início da manhã a maioria dos postos vendiam a gasolina na média o litro por R$7,40.
A reportagem da REDEGN obteve informações que várias cidades aumentaram o valor, em Senhor do Bonfin é uma delas. "Qual o motivo para este aumento? Dessa vez sequer avisaram antes?, questionou o funcionário público, Francisco de Assis. "É abuso de poder. Onde podemos reclamar nossos direitos"?
Por meio de nota, a Acelen, atual operadora da Refinaria Mataripe, informou que os preços dos produtos produzidos pela refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete.
Nos últimos dez dias, com o agravamento da crise gerada pelo conflito entre Russia e Ucrânia, o preço internacional do barril de petróleo disparou, superando os US$115 por barril, o que gerou impacto direto nos custos de produção.
Diante dos constantes aumentos e elevados preços praticados pela Acelen, o Sindicombustíveis Bahia, representou na última sexta-feira (4) ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), uma representação por possível abuso de poder econômico. De acordo com os documentos apresentados ao CADE, o sindicato diz que os preços na Bahia são maiores do que os que a Acelen pratica para venda a outros estados, como Alagoas, Maranhão e até mesmo Amazonas.
Em nota, a Acelen informa que ainda aguarda resposta ao ofício enviado para a Secretaria de Fazenda da Bahia (Sefaz-BA) pedindo esclarecimento sobre a aplicação do congelamento de ICMS cobrado por substituição tributária. A empresa aguarda um posicionamento definitivo da Sefaz sobre a metodologia de apuração do ICMS a ser aplicado aos combustíveis.
Para evitar recolhimento a menor e também, mitigar impactos sobre os preços aplicados, a Acelen está em contato com seus clientes oferecendo apoio para decisão do modelo de aplicação excepcional até resultado final da Sefaz.
“Um absurdo, né? Infelizmente. Mas a gente precisa, né? Precisa trabalhar, precisa correr atrás, né? Então tem que colocar [abastecer]. Não tem jeito, né?!”, diz o marceneiro Thiago Guimarães.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.