A venda de fertilizantes agrícolas ao Brasil está suspensa por parte de Belarus, de acordo com a Embaixada do país em Brasília. A diplomacia bielorussa afirma que o fornecimento teria sido interrompido por causa de um bloqueio feito pela Lituânia.“Os fertilizantes bielorussos ocupam 20% do mercado no Brasil e seu fornecimento foi interrompido devido ao bloqueio do trânsito da Lituânia através de seu território até o porto de Klaipeda (Lituânia), que tem sido historicamente utilizado para enviar fertilizantes potássicos de Belarus para o Brasil”, diz a Embaixada de Belarus.
A REDEGN trará ainda nesta edição as possíveis consequencias para o agronegocio praticado no Vale do São Francisco. Semana passada os preços dos fertilizantes dispararam no mercado físico brasileiro e já refletiam as incertezas de abastecimento global com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
“O lado lituano proibiu o trânsito sob pretextos políticos rebuscados e declarou que o trânsito de fertilizantes de potássio bielorussos para o Brasil, entre outras coisas, ameaçava a segurança nacional da Lituânia”, completa a nota.
Segundo relatos feitos à CNN, o Ministério da Agricultura tem mantido contato desde quinta-feira (24) com exportadores do produto e diplomatas brasileiros para avaliar o impacto do conflito sobre a balança comercial brasileira. O Brasil é o maior importador mundial, com cerca de 13% de todo o volume comprado pelo planeta.
O receio é de que a interrupção das exportações pela Rússia e pela Belarus elevem o preço do produto, prejudicando a safra brasileira deste ano. Para evitar o cenário de escassez, o governo brasileiro tem discutido aumentar a importação de países como Canadá e Irã, já que não tem atualmente estoque suficiente no país.
A Rússia é um dos maiores players no mercado internacional de fertilizantes. É o segundo maior exportador mundial de nitrogenados e terceiro maior exportador global de fosfatados e potássicos, contribuindo com 16% dos adubos exportados no mundo.
O país é o principal fornecedor de adubos ao Brasil, com cerca de 20% do volume internalizado anualmente.
A CNN aguarda posicionamentos do Ministério da Agricultura e do Itamaraty.
redação REDEGN com informações de Gustavo Uribe e Thais Arbex, da CNN em Brasília
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