O Cidadania aprovou na manhã deste sábado uma federação com o PSDB, que tem como pré-candidato a presidente o governador de São Paulo, João Doria.
As outras duas alternativas na mesa eram se aliar ao PDT, cujo pré-candidato é Ciro Gomes, ou ao Podemos, que aposta na candidatura do ex-juiz Sergio Moro ao Planalto.
A discussão foi encerrada no segundo turno. No primeiro, a tese da aliança com o Podemos foi derrotada. No segundo, a tese do PSDB recebeu 56 votos contra 47 da aliança com o PDT. Houve 7 abstenções.
Com a vitória da tese de se federar com o PSDB, saem fortalecidos internamente o presidente do Cidadania, Roberto Freire, a senadora Eliziane Gama — cotada para ser vice de Doria — e a maioria da bancada da Câmara dos Deputados.
Eles derrotaram internamente o senador Alessandro Vieira, que postula se lançar candidato a presidente, e o primeiro vice-presidente, o deputado Rubens Bueno. Também venceram os diretórios do partido do Rio de Janeiro e do Ceará, que defendiam a aliança com o PDT.
De acordo com o deputado Daniel Coelho, o resultado reflete muito mais o desejo da maioria do partido de poder participar dos processos decisórios de uma federação do que de preferências quanto aos nomes colocados para disputar a presidência.
“A decisão é sobre afinidade ideológica e sobre tradição democrática interna dos partidos”, disse à CNN o deputado Daniel Coelho.
Havia receio dentro do Cidadania de que a sigla não tivesse espaço dentro de uma federação com partidos como Podemos e PDT, cujo comando partidário é muito centralizado nas figuras de seus presidentes, respectivamente Renata Abreu e Carlos Lupi.
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