O Instituto Butantan está realizando estudos para que a vacina Butanvac, produzida integralmente pela instituição, inclua proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, de acordo com o presidente Dimas Covas.
Conforme explicou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (16), o novo imunizante teve os estudos de fase 1 concluídos e agora há conversas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que sejam iniciadas as fases 2 e 3.
“No Vietnã, por exemplo, a fase 2 já acabou, então devemos falar desse aspecto com a Anvisa. Estamos prevendo a autorização para o segundo semestre desse ano”, disse Covas.
“Já estamos trabalhando na versão 3.0 dessa vacina que, além da variante original, também deve incluir a Ômicron”, acrescentou.
Coronavac
Outra informação repassada pelo presidente do Butantan foi que a Sinovac afirmou estar desenvolvendo uma versão da CoronaVac que inclua proteção contra a variante Ômicron e que deve iniciar estudos clínicos em Hong Kong deste imunizante neste mês.
“Nos preparamos para fazer um braço do estudo aqui no Brasil”, disse Covas. De acordo com o Butantan, os estudos clínicos no Brasil devem ser iniciados em abril deste ano.
O governador do estado de São Paulo, João Doria, informou que a nova fábrica de vacinas do Instituto está na fase de instalação de equipamentos e que deve começar a operar experimentalmente no segundo semestre. Em março, será feita uma coletiva de imprensa no local para que os jornalistas possam ver os equipamentos e espaço.
Doria também anunciou durante a coletiva que o Butantan entregará 10 milhões de doses da Coronavac para o governo federal nesta quinta-feira (17).
Esse imunizante poderá ser utilizado na vacinação de crianças entre 6 e 11 anos contra a Covid-19, conforme liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aquelas imunossuprimidas ou que tenham cinco anos devem receber a vacina da Pfizer.
Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, afirmou que o contrato com o governo federal foi assinado entre a noite de terça-feira (15) e a manhã de quarta (16).
Covas também disse que nos próximos 15 dias devem completar o dossiê para solicitar à Anvisa a ampliação da autorização de aplicação da Coronavac para crianças entre 3 e 6 anos.
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