Soraya Santos, ex-mulher do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), foi afastada do seu trabalho como médica do Hospital Geral Roberto Santos, na capital baiana, por se recusar a tomar vacinas contra a Covid-19.
A oftalmologista atende no hospital estadual desde 2011. Ela recebeu uma pena inicial de suspensão por 90 dias, prorrogável pelo mesmo período, ao longo dos quais o governo do estado espera que ela seja imunizada.
Procurada pelo Painel, ela não deu retorno até a publicação da reportagem.
O prefeito se tornou alvo de pressão desde que disse, no começo do mês, que dois de seus filhos não foram vacinados por escolha da ex-mulher. A vacinação infantil contra a Covid-19 tem sido alvo de fake news e tem acontecido vagarosamente em diversos locais do país.
"Já tenho uma filha vacinada. Tenho outros dois filhos, em idade de vacinação, que a mãe, com quem eles moram, que é médica, é contra a vacina. Venho manifestando a minha opinião favorável, que é o que me cabe fazer nesse momento. Caso não a convença, só me cabe respeitar", disse Reis.
Desde então, ele afirmou que não conseguiu convencê-la, mas que não vai recorrer à Justiça para vacinar os filhos.
Em suas redes sociais, Soraya é crítica das vacinas e defensora de medicamentos sem eficácia no tratamento da Covid-19, como a hidroxicloroquina.
"Essas injeções, queiram ou não, são um experimento. Estamos sendo experimentados, todos nós", disse, em vídeo.
Os imunizantes que estão sendo aplicados na população não são experimentais, ao contrário do que diz a médica. Todas as substâncias utilizadas no Brasil foram autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após terem eficácia e segurança comprovadas ao serem aplicadas em milhares de voluntários durante os testes.
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