O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil (15 de fevereiro) foi instituído pela Childhood Cancer International (CCI) em 2001, e tem como objetivo educar o público em geral e profissionais de saúde sobre o câncer infantojuvenil, favorecendo o acesso da população aos melhores tratamentos e medicamentos, em qualquer lugar do mundo, além de expressar apoio às crianças e adolescentes com câncer, aos sobreviventes e suas famílias.
Nesta data, a oncologista pediatra do Hospital Dom Malan, Michelle Viana, faz um alerta para a população do Vale do São Francisco: "É preciso uma maior conscientização e um diagnóstico mais precoce para podermos melhorar o prognóstico dos pacientes vítimas de câncer infantil".
A doença é a segunda maior causadora de mortes entre crianças e adolescentes de zero a 19 anos no Brasil, superado apenas pelos acidentes e mortes violentas neste grupo etário. O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.
Os tumores mais frequentes nessa faixa etária são os que afetam os glóbulos brancos, o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). A boa notícia é que em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles tem boa qualidade de vida após a recuperação.
"Esse é um dia para falar sobre o assunto, dar visibilidade ao tema e dizer que o câncer infantil ainda mata. Por isso, a conscientização dos pais, cuidadores, responsáveis e profissionais da saúde é tão importante", reforça a médica.
Sinais e sintomas
É preciso estar atento aos sinais e sintomas que podem ser muito parecidos a doenças comuns na infância, como: perda de peso; manchas roxas e sangramento pelo corpo sem machucados; vômitos acompanhados de dor de cabeça; diminuição da visão ou perda de equilíbrio; caroço em qualquer parte do corpo, principalmente na barriga; palidez; febre prolongada sem causa identificada; dores nos ossos e nas juntas, com ou sem inchaços e crescimento do olho, podendo estar acompanhado de mancha roxa no local.
"Caso uma criança ou adolescente apresente esses sintomas é preciso procurar um especialista", orienta Dra. Michelle.
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