É comum atribuir determinadas dificuldades, situações aflitivas e outros momentos turbulentos da vida a uma 'provação', uma prova à força moral, e mais comumente à fé religiosa.
Algo muito particular, é entendido de diversas formas, tanto pelos que são acometidos por algum problema, e até mesmo pelos 'conceiteiros de plantão', aqueles que conceituam a vida alheia em detrimento da sua.
Atribuir a fatos externos para justificar o motivo (ou até mesmo se autojulgar) dos desarranjos que venham ocorrer é uma forma de minimizar uma situação geralmente muito desagradável. A 'lei do castigo' assusta e prejudica o que se pode chamar simplesmente de 'uma consequência'. Sem incluir aquilo que se considera inevitável, toda ação é suscetível a erros e consequentemente a resultados negativos.
Esperar o ruim acontecer para valorizar o bem é uma atitude egoísta. Não é preciso que aconteça o mal para demostrar complacência, nem ser autocomplacente para desculpar os próprios erros ou aceitar os defeitos.
Está bem consigo mesmo, enquanto o semelhante clama pela falta de emprego, pela ausência de comida, do difícil acesso a itens que deveriam ser básicos, como moradia, saúde e educação, é uma clara demonstração de egoísmo daqueles que priorizam os seus próprios interesses e não se importam com os dos outros.
Nem tudo que é desejado ou esperado se concretiza, e não é por isso que o fim está por perto.
A vida é feita de escolhas, de pensamentos, sentimentos e atitudes. Conforme a 'lei do livre-arbítrio, todos têm o direito de escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante. Ou seja, o sujeito possui a capacidade de tomar decisões por conta própria, a capacidade de escolher como agir e como se comportar. O que vier a acontecer não terá responsabilizado e sim apenas um responsável.
De acordo a 'lei do retorno', cada ação que se faz gera uma reviravolta a quem fez. Em suma, acredita-se que existe um mecanismo compensatório para equilibrar as próprias ações em sociedade e no universo. Se for uma boa pessoa, terá coisas boas, mas se for o contrário sempre pagará com a mesma moeda.
Viver é sinônimo de respeito a si e aos que estão em volta. Viver é saber diferenciar o chute da topada e a vitória da derrota. Viver é assim, assado...
Por Gervásio Lima
Jornalista e historiador
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