Testemunhas do assassinato de Beatriz Angélica realizaram na manhã desta sexta-feira (11), o reconhecimento do suspeito do crime, na Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Petrolina, situada no prédio do 5° Batalhão da Polícia Militar. Marcelo da Silva, de 40 anos, ficou no local até por volta de 12h. De lá, foi reconduzido ao presídio do município.
De acordo com as informações, pelo menos 20 pessoas que estavam na formatura no dia do crime participaram da ação. Segundo o advogado dos pais de Beatriz, Jaime Badeca, todas as testemunhas do assassinado da menina reconheceram Marcelo como o autor do crime. A defesa dele, entretanto, expressou descontentamento com o reconhecimento e alegou que irá solicitar impugnação.
“Veja, vamos pedir sim, vamos impugnar, iremos judicializar o ato, porque uma situação de extrema estranheza aconteceu. Todo mundo sabe que há mais de um mês vem ventilando em todos os veículos de imprensa, bem como de redes sociais, a foto do Marcelo trajando uma camiseta amarela. Curiosamente Marcelo me aparece na hora do reconhecimento com uma camiseta amarela. Isso é tendencioso, pelo amor de Deus, já basta a imagem dele vinculada. Não me estranhará se todas as testemunhas que vieram aqui, não tive acesso ainda à conclusão, reconhecerem. Evidentemente que irão reconhecer. Além da imagem do Marcelo estar circulando em todos os locais, acham pouco e colocam uma camiseta amarela? Vamos judicializar e certamente essa perícia será invalidada”, destacou Rafael Nunes À TV Grande Rio.
Reconstituição simulada
Os peritos da Polícia Civil de Pernambuco continuam realizando a reconstituição simulada do assassinado da menina Beatriz Angélica Mota, morta a facadas, em dezembro de 2015, durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, até este sábado (12). Marcelo da Silva, entretanto, apesar de estar na cidade, não participa da reconstituição.
Para o outro advogado dos pais de Beatriz, Lécio Rodrigues, um dos pontos que precisam ser esclarecidos é a participação de outras pessoas. “Marcelo é o autor do crime, mas outras pessoas contribuíram no crime e também no processo de atrapalhar as investigações”, disse na Rádio Jornal nesta sexta-feira.
Lécio Rodrigues também sinalizou quais serão as novas ações da defesa após a conclusão dos procedimentos de reconhecimento pessoal do acusado e da reprodução simulada. “A reprodução simulada dos fatos não é uma perícia que sai rápido. A gente precisa dar tempo para que ela seja de fato confeccionada. O reconhecimento de pessoas, apesar de ser um termo acostado aos autos, mas ainda não tivemos acesso a ele”, afirmou ao site Edenevaldo Alves.
O advogado também disse que assim que a defesa tiver acesso a todo material, vai tirar as conclusões a cerca do que foi apurado até agora pela Polícia Civil. “Mas sempre lembrando que nós acreditamos e a família acredita que não foi somente Marcelo que praticou esse crime”, assegurou o advogado à publicação.
Se estivesse viva, Beatriz completaria 14 anos nesta sexta-feira.
*com informações do G1 e blog Edenevaldo Alves
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