Esse ano, o tema do Dia das Leguminosas, marcado no calendário mundial no dia 10 de fevereiro, é "Ame leguminosas – por uma dieta e planeta saudáveis". A data foi criada pela Organização das Nações Unidas visando ampliar a conscientização da sociedade sobre os benefícios nutricionais dos legumes na dieta.
De acordo com a nutricionista Morgana Mascarenhas, a busca pelo "corpo perfeito" através do uso de receitas milagrosas podem gerar mais malefícios que benefícios para a saúde.
"Isso ocorre, principalmente, quando mulheres e homens usam de uma dieta restritiva e mal equilibrada, sem a ingestão dos nutrientes, apenas para seguir um estilo de vida da indústria da moda, das academias, padrões de beleza e modelo de corpo perfeito impostos pela mídia ou pelo poder da internet", comentou.
A nutricionista, que também é professora do curso de Nutrição do Centro Universitário da UniFTC de Feira de Santana, relembra que uma alimentação saudável, à base de sementes comestíveis das plantas leguminosas são essenciais para a saúde humana. "Os legumes são ricos em fibra e baixos em colesterol, além de ajudar a controlar os níveis de açúcar, assim como ajuda na qualidade de vida, aumenta a imunidade e previne doenças. Infelizmente ainda podemos ver muitas pessoas querendo conquistar o emagrecimento rápido sem pensar nos riscos para a saúde".
Emagrecer de maneira saudável é um processo construtivo, de médio a longo prazo e requer mudança de hábitos de forma harmônica e em equilíbrio, ressalta a nutricionista. "Precisa ter foco, dedicação e constância. As dietas chamadas de restritivas (como low carb, cetogênica, jejum intermitente) são algumas estratégias utilizadas para o emagrecimento, e que devem ser acompanhadas pelo nutricionista para conquistar a diminuição calórica e evitar a restrição de vitaminas e minerais", disse a professora.
Morgana Mascarenhas lembra que a perda de peso não é igual para todos. "Somos fisiologicamente diferentes e, desta forma, terão indivíduos que irão perder mais e outros menos peso, em determinado período de tempo. Todo esse processo é uma conquista diária. Quem tem excesso de peso, precisa entender que pode existir um fator genético, no qual a mudança de hábitos sociais e alimentares, associados à atividade física, devem fazer parte do tratamento, inclusive acompanhamento psicológico em determinados casos", explica.
Orientação multiprofissional: Um fator que preocupa, acrescenta a professora Morgana, são o surgimento de transtornos alimentares (bulimia, anorexia) e emocionais (ansiedade, fobia social, compulsividade alimentar e até mesmo depressão), pela frustração por não atingir o "corpo ideal", em um curto espaço de tempo.
Este efeito da busca constante do corpo perfeito de forma indiscriminada e sem o devido acompanhamento profissional (nutricionista, educador físico, médico e psicólogo) aumenta muito os riscos de desenvolvimento de transtornos alimentares, transtornos do humor e/ou de ansiedade, confirma a preocupação da docente, o professor de Psicologia da UniFTC Vitória da Conquista, Lucas Matias Felix.
Muitos estudos em psicologia são baseados em evidências que descrevem os efeitos negativos dos comportamentos de risco na busca do padrão corporal, expressa o professor. "Muitos jovens desejam padrões ideais associados ao corpo e acabam mudando hábitos drasticamente ou fazendo sacrifícios que podem levá-los à doença e à morte".
É preciso primeiro procurar ajuda profissional especializada, orienta o psicólogo e professor da UniFTC de Feira de Santana, Mateus Spinola Butinhone. "É através de um trabalho multiprofissional que se consegue promover a mudança. Perder peso está além de comer uma refeição "fit", é questão de hábito saudável e cardápio personalizado, além de exames em dia", conclui.
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