Jovem se afoga na Orla de Juazeiro e familiar faz apelo: “Segurem seus filhos, não deixem ir pro rio”

02 de Feb / 2022 às 15h00 | Policial

Um jovem, cuja identidade ainda não divulgada, morreu afogado na tarde desta quarta-feira (2) na Orla de Juazeiro. As circunstâncias do afogamento ainda não foram reveladas pelo Corpo de Bombeiros. 

A equipe do 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros (9º GBM) de Juazeiro foi acionada e realizou as buscas na região da passarela e nas pilastras situadas na Orla Fluvial da cidade, pontos utilizados por jovens – e até mesmo crianças – que se aventuram fazendo saltos no rio, ainda mais nesse período de cheia do São Francisco. Ainda não há informações se o corpo da vítima foi encontrado.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um mototaxista, que se identifica como padrinho da vítima, fez um alerta aos pais. “Quero deixar um recado para vocês que têm suas crianças. Segurem seus filhos, não deixem ir pro rio. Acabei de perder um ente querido, um afilhado meu, que se afogou. Não deixem seus filhos vir sozinhos. Se vier, venha com uma pessoa que saiba nadar e fique acompanhado. É um perigo. Não deixem seus filhos sozinhos”, disse.

Confira o apelo:

Perigo

A RedeGN vem alertando para os riscos do banho no Rio São Francisco nesse período de cheia. Ainda nesta semana, uma matéria denunciou uma competição de saltos na passarela da Orla II de Juazeiro [reveja]. 

A prática é perigosa, ainda mais nesse período em que o rio está cheio e com a correnteza ainda mais forte, não somente pelo risco de afogamentos. A incidência de lesões graves na medula (trauma raquimedular) aumenta no verão, segundo a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), sendo os mergulhos a segunda principal causa das lesões medulares no país. 

A SBC alerta: saltar de cabeça é extremamente perigoso. Alguns traumas na coluna, em função desse mergulho de cabeça, podem levar a pessoa a ficar paraplégica ou tetraplégica. Dependendo do grau da lesão na coluna, pode ocorrer uma interrupção parcial ou totalmente das conexões nervosas do cérebro para os membros.

Mesmo em pé, o risco também é grande, visto a possibilidade de fraturar a perna, por exemplo.

Da Redação RedeGN

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