Parte das casas do bairro Angary teve a energia elétrica cortada para garantir a segurança do local. A cheia do Rio São Francisco provocou a urgente ação com o objetivo de prevenir possíveis acidentes. O desligamento da energia elétrica em pontos já alagados é a medida mais correta.
A reportagem da REDEGN esteve no bairro Angari hoje pela manhã. Postes estão dentro de água e outros pontos como caixas de motores também foram desligados pois já estão submersos. O corte preventivo de energia é “necessário para garantir a segurança dos moradores”. Os orgãos públicos destacam que é necessário que a população redobre os cuidados com a rede elétrica, para evitar acidentes, choques ou perdas de equipamentos.
O gerente de Saúde e Segurança do Trabalho, João José Magalhães Soares, alerta que água e energia elétrica não combinam.
“Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também”, afirma. O especialista ressalta, ainda, que somente os profissionais autorizados pela podem fazer intervenções na rede elétrica.
Ao deixar a casa por causa das enchentes, é importante que os moradores desligue os disjuntores e também retire os equipamentos das tomadas. Para evitar danos aos equipamentos, é aconselhável ainda que eles sejam depositados em locais mais altos, pois assim evita-se que a água atinja os circuitos internos dos aparelhos.
A reportagem da REDEGN não conseguiu apurar qual o orgão foi responsável pelo corte da energia elétrica no local.
Diante da operação de controle de cheia, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) intensificou a atuação de vigilância física para deixar livres as áreas de segurança próximas às barragens do Velho Chico.
Foi ampliado o horário das rondas motorizadas próprias, contando com o apoio da Polícia Militar e dos Corpo de Bombeiros. Também foi iniciada rotina de sobrevoos de helicóptero e instaladas mais placas de aviso.
MAIS SEGURANÇA: As áreas de segurança são de uso restrito dos profissionais da Chesf e já são sinalizadas para impedir riscos de acidente que podem ser, inclusive, fatais. Nos reservatórios, há bóias sinalizadoras. À jusante (abaixo das barragens), há placas que sinalizam o risco de morte ao adentrar em áreas onde as comportas podem ser abertas a qualquer momento.
As usinas de Paulo Afonso, na Bahia; de Luiz Gonzaga, em Pernambuco; e de Xingó, em Sergipe; estão entre as que tiveram maior reforço na fiscalização por apresentar incidência de banhistas em locais proibidos.
No último dia 20, em Paulo Afonso, a Chesf acionou forças de segurança, além de sua equipe de vigilância, para retirar grupos de pessoas que se encontravam em local sinalizado como impróprio para atividades de lazer.
“Temos que prezar pela segurança sempre. Nenhuma atividade de lazer pode ser feita em áreas próximas às hidrelétricas em nenhum momento. O risco fica dobrado agora em que estamos realizando controle de cheia no Rio São Francisco e, com a abertura das comportas, o nível das águas sobe rapidamente nas áreas sinalizadas pela Chesf e pelas prefeituras”, informou o diretor de Operação, João Henrique Franklin.
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