Quando o Ano Eleitoral chega, cada dia e cada mês que passa significa menos tempo para se arrumar as ideias e convicções, as quais irão inspirar o processo de avaliação pessoal de cada um, quanto aos níveis de programas políticos e administrativos apresentados, e a definição de escolha pelo caráter, dignidade e postura dos pretendentes aos principais cargos nacionais, tanto para o Legislativo como para o Executivo. Nesse contexto, um cargo se destaca: a Presidência da República!
Não é uma missão muito fácil, porque o acerto ou o erro do voto atribuído tem repercussão na vida da população por quatro longos anos, além de implicações positivas ou negativas irreversíveis para o País. A Nação não vive só e isolada do conjunto mundial das Nações ou da integração continental com os Países latinos da América do Sul, onde se encontra. E aí reside a necessidade de eleger um Presidente com legitimidade de Estadista, algo não visto nos últimos tempos.
A crise mundial generalizada motivada pelo COVID causou sofrimento e mortes de milhões de pessoas, e a integração e solidariedade veio demonstrar o quanto as boas relações internacionais são importantes entre as Nações. Nessa hora, a dor dos patrícios e dos irmãos de todo o mundo, merece ser tratada com mais respeito, e não com risos e deboches, tipo “gripezinha” ...
Embora o Brasil já esteja alcançando o bom índice de 75,88% de vacinação na 1ª. dose e 68,1% com a 2ª. ou dose única, algumas atitudes do Governo Federal se contrapõem à normalidade das ações esperadas diante de uma Pandemia, bem como comentários recheados de escárnio, conduta quase única no mundo! Visto que o Bolsonaro e o Donald Trump, eram os dois únicos presidentes a negarem a eficácia da vacinação contra o COVID, e agora o ex-presidente americano recomenda que todos devem se vacinar, oxalá o nosso Presidente resolva mudar a sua crença – o que não seria uma novidade! -, e decida alterar a sua pregação...
Como exemplo positivo, até tem cumprido o seu dever de comprar e pagar as vacinas, mas é visivelmente contra o seu uso, insanidade que passa aos seus seguidores, porque a palavra do “Mito” deve prevalecer sobre a ciência; faz manifestação contundente contra a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, atrasa a compra das vacinas, e logo volta atrás e decide pela vacinação! Cercado de uma equipe de médicos epidemiologistas e infectologistas, era para demonstrar posições de mais equilíbrio, coerência e respeito a conceitos técnicos, e não politizados! Ou ainda, como é muito visível, interesses politiqueiros.
No momento em que o mundo já se preocupa em combater uma nova variante do vírus, que já chegou ao Brasil e atormenta toda a Europa, o Presidente diz numa entrevista que “seja bem-vinda a Ômicron, que não mata ninguém”! Isso é brincar com coisa séria, e cujo desprezo e irresponsabilidade são inadequados para o cargo que ocupa. Quem ler uma estupidez dessa lá fora, o que pensará sobre nós brasileiros?
Para conseguirmos bons resultados em nossas ações, é necessário pensar, depois repensar e por último refletir qual impacto essas ações terão sobre os demais. E é exatamente isso que está faltando ao governante e, também, a uma parte do povo resistente em não se vacinar e outras incoerências impensadas, que muitas vezes se tornam maléficas ao mundo como um todo. Acho que nem precisa enumerar as desenfreadas festas que eclodiram de vez, resultando na volta do crescimento do número de infectados no país, certamente pela falta dos cuidados necessários!
Com o perfil dos candidatos que se apresentam para o pleito de outubro próximo, ao eleitor brasileiro cabe a difícil missão de PENSAR, REPENSAR E REFLETIR quanto ao Brasil que deseja reconstruir, ou se apenas trocará “seis por meia dúzia”!
Autor: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público - Aposentado do Banco do Brasil – Salvador - BA.
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