A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco informou no início da noite desta terça-feira (11), que por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou hoje ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina. Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa, criada em 2019 para investigar o caso, foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime, segundo a SDS-PE.
O órgão disse que a equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.
Ainda segundo a SDS-PE, em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, teria confessado o assassinato e foi indiciado.
Outras informações serão fornecidas na coletiva que será realizada, nesta quarta-feira (12), às 9h, no auditório da SDS, com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.
Caso Beatriz
O inquérito colheu 442 depoimentos, 900 horas de imagens e 15 mil chamadas telefônicas analisadas. Até hoje, oito delegados passaram pelo caso, mas não conseguiram apontar o suspeito do crime, que ocorreu durante uma festa de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde a menina estudava. Ela foi atingida por 42 facadas. O corpo foi encontrado numa sala desativada da instituição de ensino.
Ao longo dos anos, os pais de Beatriz denunciaram supostas irregularidades no processo de investigação. E, por isso, desde 2019, insistem que o caso saia das mãos da Polícia Civil e vá para a Polícia Federal.
Recentemente os pais de Beatriz Mota caminharam cerca de 720 km em busca de justiça. Ele saíram de Petrolina no dia 5 de dezembro, passando por diversas cidades em uma verdadeira cruzada por respostas sobre o caso da filha, e ao chegar em Recife, após muita pressão, conseguiram obter apoio do governador Paulo Câmara para a federalização do caso. Apesar disso, a decisão final caberá à Procuradoria-Geral da República junto ao Ministério da Justiça.
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