O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou ambientalistas contrários à construção de barragens hidrelétricas como as usinas de Belo Monte, no Pará, e Santo Antônio, em Rondônia.
Nas proximidades de Capitólio, no Sudoeste do estado, para ver de perto os desdobramentos do acidente que matou 10 pessoas em um cânion do Lago de Furnas, Zema afirmou que o Brasil "carece de planejamento".
"Tivemos de ligar todas as termelétricas no Brasil em setembro, outubro e novembro, porque não temos geração de energia suficiente para a demanda que temos. Muito disso é devido a, no passado, ambientalistas de uma forma que considero equivocada, terem condenado a construção de barragens como Belo Monte e Santo Antônio, que hoje produzem uma fração da energia que poderiam produzir", disse ele, durante entrevista coletiva em São João Batista do Glória, município próximo a Capitólio.
Veio, então, a crítica mais forte a ambientalistas: "Atendemos os ambientalistas e, agora, as termelétricas ficam ligadas. Então, pergunto: será que esses ambientalistas estão protegendo ou danificando a natureza? Porque hoje o Brasil é um país que depende de queimar combustível fóssil para produzir a energia elétrica que precisa", falou.
Zema abordou o tema ao ser perguntado sobre possível relação entre a queda da rocha que atingiu a lancha Jesus, no sábado (8/1), e o baixo nível da represa de Furnas. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, ontem, o lago estava com apenas 38,88% de seu volume útil de água preenchido.
O governador contou já ter "perdido as contas" de reuniões com representantes do ONS, de Furnas e do Ministério de Minas e Energia para tratar do nível de Furnas.
"Temos trabalhado muito para que o nível do reservatório seja elevado novamente, para propiciar não só o turismo, como outras atividades. Já estive com pisicultores que foram afetados [pela baixa do nível do lago de Furnas]", assegurou.
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