Nesta quinta-feira (13), a Associação de Mulheres As Karolinas, detalhe, Mulheres Karolina com K, a interpretada por Luiz Gonzaga e que ganham empoderamento "fazendo arte e até teatro", inicia o ano 2022, com a Feira Criativa, com apoio da Lei Aldir Blanc, na pracinha da Vila, a partir das 18hs.
A feira tem a participação de Lereco Alves e Trio Pé de Serra.
No universo das comunidades artesanais brasileiras, 90% do segmento é formado por mulheres artesãs. Um exemplo está em Exu, Pernambuco. As mulheres artesãs trazem inovação, um olhar para o todo e buscam atuar em Exu, Pernambuco e região, o que fortalece ainda mais o trabalho que desenvolvem através do artesanato.
Ano passado durante as festividades dos 109 anos de Luiz Gonzaga, a presidente da Associação de Mulheres As Karolinas, localizada na Comunidade da Vilha Nossa Senhora Aparecida, a agricultura Cícera Evarista, disse que é neta do artesão, o saudoso Zé Maria que transformava cipó em Arte e que associação surgiu com objetivo de melhorar a qualidade de vida e autoestima das mulheres.
A Associação de Mulheres As Karolinas é exemplo superação, esforços, vontade de vencer. "Todas as mulheres artesãs aqui seguem a máxima da música Vozes da Seca, pois queremos trabalhar e ganhar com nosso suor, não queremos esmolas. Queremos trabalhar e mostrar que somos da terra da arte", afirma Cicera.
A associação surgiu para garantir dignidade as mulheres e está em ascensão, se aperfeiçoando para driblar os desafios para Conquistarem seus espaços. “Não é fácil e nem simples, mas é transformador”, afirma Cícera ressaltando que as mulheres fazem tricô, croché, bordado, brincos, e várias miniaturas com a imagem de Luiz Gonzaga.
São cerca de 36 mulheres, todas unidas e com a missão também de capacitar pessoas para a geração de rendas. "As artesãs criam juntas e ganham juntas”.
As mulheres são maioria no Brasil, equivalente a 51,8% da população segundo o censo do IBGE de 2019. Nas comunidades artesanais brasileiras esse número é ainda maior: as mulheres representam 90% de todo segmento. O fortalecimento do trabalho das artesãs no país acontece especialmente pelo trabalho contínuo de comunidades e instituições de apoio.
Boa parte das artesãs vivem em regiões com poucas oportunidades de trabalho, há dois anos de maneira agravante, diante o enfrentamento à pandemia do COVID-19, associações surgem através da economia criativa para superar estigmas de gênero, e fatores como baixa escolaridade e falta de acesso a recursos econômicos.
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