As fortes chuvas que atingem boa parte da Bahia e que já deixaram mais de 20 mortos, mais de 350 feridos e milhares de desabrigados, também podem trazer reflexos negativos para as campanhas de imunização contra contra a gripe e a Covid-19 na região.
Isso porque algumas cidades tiveram seus estoques de vacina destruídos após as enchentes, afirmou ontem terça-feira (28) o governador do estado, Rui Costa (PT).
Ele classificou os temporais que atingem a Bahia há cerca de três semanas como "tempestade perfeita", ao mencionar os problemas enfrentados pelos municípios.
"Em alguns locais 100% de todo medicamento, de todas as vacinas, foram perdidas, porque algumas secretarias municipais de saúde, e os depósitos e os medicamentos ficaram embaixo da água completamente, é o caso da cidade de Jucuruçu e outras localidades".
Além de Jucuruçu, Rui Costa citou a cidade de Itororó, como um segundo ponto que computou prejuízos após a água tomar um posto de saúde e levar todas as vacinas.
"Nesse momento é repor o mais rápido possível medicamentos, vacinas e material para atenção médica", explicou o governador durante entrevista coletiva transmitida pelas redes sociais.
O petista ainda pontuou que é necessário tomar cuidados em relação às doenças que podem ser transmitidas através do contato com água contaminada, como a leptospirose.
"Nós temos o desastre natural e temos duas pandemias acontecendo ao mesmo tempo. A pandemia do coronavírus e esse vírus da gripe que tem assolado o país inteiro e também a Bahia. Por isso é fundamental a atenção e ação dos médicos".
Durante a entrevista coletiva, o governador disse que ainda não tem uma previsão sobre a quantidade de verba necessária para a reconstrução das cidades atingidas pela tempestade. "Não é possível, nesse momento, eu estipular prazo de recuperação de estrada nem federal, nem estadual. Não é possível porque nós não temos a dimensão exata do estrago".
Questionado por um repórter sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) não ter comparecido ao estado em meio ao desastre, Rui Costa minimizou o tema. "Eu confesso que não me dei tempo para ver a agenda e nem rede social do presidente da República e nem de outras pessoas públicas. Eu estou concentrado aqui no trabalho, concentrado em salvar vidas humanas, em cuidar das pessoas".
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