Os pais de Beatriz Angélica, que foi encontrada morta com 42 marcas de facadas em um colégio particular de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em 2015, chegaram ao Recife conforme já divulgado pela REDEGN. A chegada no Recife já é destaque na imprensa estadual e ganha repercussão nacional mais uma vez.
Eles caminharam mais de 700 km, de Petrolina até a capital pernambucana, com o objetivo de buscar respostas para solução do caso. A caminhada, que começou na madrugada do dia 5 de dezembro, contou com apoio de familiares e amigos.
Seis anos após a morte da menina, que tinha sete anos de idade na época, a família de Beatriz pede que o Governo de Pernambuco aceite a cooperação de uma empresa norte-americana na investigação do caso e na federalização do inquérito.
Apesar do desejo, o secretário da Defesa Social, Humberto Freire, já havia afirmado que não é possível aderir às exigências. Seis anos após a morte de Beatriz Angélica, o caso segue sem resolução.
“As duas propostas não podem ser aceitas. Não nos cabe opinar sobre a federalização do caso, então não temos ou podemos opinar sobre isso. Já quanto à colaboração de um ente privado americano em uma investigação policial, não há respaldo na lei processual brasileira. Não podemos dar esse acesso a uma entidade privada”, explicou Humberto Freire
Semana passada durante entrevista, o Secretário também falou sobre a busca por suspeitos do crime. O o secretário evitou entrar em detalhes.
“A polícia não investiga pessoas, ela investiga fatos. Nesse contexto, onde um trabalho foi desenvolvido, surgiram possíveis suspeitos e todas essas linhas foram amplamente e exaustivamente exploradas. Temos ainda esses suspeitos nos autos e prosseguimos tentando coletar elementos suficientes que permitam indiciamento. Mas não vamos desistir desse caso e estamos não só abertos a novas informações que possam nos ajudar a avançar, mas também as buscando”, garantiu.
Pela primeira vez, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, reconheceu que a Polícia Civil não conseguiu êxito nas investigações relacionadas ao assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, 7, que ocorreu em Petrolina, no Sertão, há seis anos.
Em entrevista exclusiva ao Jornal do Commercio, ele afirmou que a autoria do crime, que chocou o Estado, não foi descoberta – mesmo após oito delegados investigarem o caso emblemático.
“A gente sempre esteve muito atento a este caso da Beatriz, inclusive eu estive com a mãe dela aqui no Palácio (do Campo das Princesas) e em outras oportunidades em Petrolina, mais de uma vez. Desde o início, nós solicitamos uma apuração rigorosa com relação a isso. Infelizmente o trabalho da polícia não atingiu o êxito que nós gostaríamos de ter atingido, que era justamente chegar a autoria e a responsabilidade. Mas estamos à disposição como sempre estivemos“, afirmou Câmara.
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