Lucinha Mota apresenta imagem em que suspeito aparece conversando com freira e uma terceira pessoa: "Agora eu entendo porquê apagaram"

27 de Dec / 2021 às 18h03 | Policial

Prestes a chegar em Recife e concluir a sua Caminhada por Justiça, Lucinha Mota realizou uma live na tarde desta segunda-feira (27). A mãe da garota Beatriz Angélica mostrou uma imagem, que, segundo ela, justifica o apagamento das imagens do HD que poderia contribuir na elucidação rápida do crime. 

Nas imagens, de acordo com Lucinha, o assassino da garota aparece ao lado de uma freira do Colégio Maria Auxiliadora, e de uma terceira pessoa não identificada.

"Essas pessoas já foram incluídas no inquérito, Polícia Civil? Vocês já ouviram essas pessoas? O que eles contam que conversaram com o assassino de Beatriz? O que foi conversado neste momento? Está no inquérito? Porque eu não vi", questiona Lucinha.

"Essa imagem pode não ser nada. Mas pode ser tudo. E a polícia tem que falar quem são essas pessoas, o que foi dito aqui, com o assassino de Beatriz. Era essa imagem que o Colégio estava protegendo desde o início. Se tem a ver, ou se não tem a a ver, eu não sei. São imagens que não queriam que a sociedade tivesse acesso. Foi por isso que eles apagaram. Hoje eu compreendo o porquê que o colégio apagou. Justifica tudo", acrescentou Lucinha.

Outros detalhes

Lucinha voltou a fazer cobranças ao Governo do Estado de Pernambuco para que federalize o caso ou aceite a ajuda dos peritos americanos, e ainda fez novas revelações sobre o caso.

"Durante todos esses seis anos de impunidade, já passaram oito delegados. Hoje tem uma força tarefa com quatro delegados, mas se juntar todos não dá um", iniciou Lucinha que apontou algumas falhas da Polícia Civil durante as investigações, como não ter isolado corretamente a cena do crime e não ter fechado o colégio completamente para investigar o caso. Lucinha citou ainda que houve sabotagem às perícias e voltou a citar a contratação do perito da Polícia Civil, Diego Leonel, por parte do colégio, e que recentemente teve o demissão recomendada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

Lucinha voltou a citar o apagamento das imagens do HD que possivelmente revelaria a atuação do criminoso que assassinou a menina, e também denunciou a precariedade dos serviços da Polícia Civil de Pernambuco, que segundo a mãe de Beatriz, não dispõe de estrutura básica adequada para investigar não somente o caso da garota, como também outros.

"Não existe imparcialidade no inquérito de Beatriz porque existe uma instituição poderosíssima, que é o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, que vem financiando essa sabotagem do inquérito de Beatriz. E aqui nós somos apenas uma família simples de professores que clamam e lutam por Justiça, por um crime bárbaro e cruel que tirou a vida de nossa filha, de sete anos", acrescentou Lucinha.

Lucinha voltou a criticar a recusa do Estado a ajuda dos peritos americanos, e reforçou a investigação paralela da família, que está oferecendo prêmio de 70 mil reais para quem contribuir com a prisão do suspeito. "Os peritos americanos produziram uma foto digital com base nas imagens das câmeras de segurança que o colégio apagou. Nós oferecemos isso ao Estado de Pernambuco, e eles negaram. Mas mesmo assim eu assumir essa responsabilidade", disse.

A mãe de Beatriz também disse ter mais provas contra o perito Diego Leonel, e que essas foram enviadas ao Ministério Público Federal. Segundo Lucinha, essas provas fundamentam o pedido de federalização do caso, umas das bandeiras levantadas pela família já há algum tempo, e que, inclusive, foi um dos motivos que incentivou a realização da Caminhada por Justiça.

Lucinha também citou um ex-politico pernambucano, que segundo ela, também contribuindo para atrapalhar as investigações do Caso Beatriz.

Ela encerrou sua live fazendo críticas ao governador Paulo Câmara, e relembrou as tentativas frustradas de diálogo.

Da Redação RedeGN

© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.