As ações e políticas de preservação ambiental do governo brasileiro foram apresentadas pelo Ministério do Meio Ambiente em evento realizado nos dias 15 e 16 de dezembro, em Brasília. O balanço dos últimos 3 anos contou com a participação das secretarias e órgãos vinculados à pasta, que detalharam as principais iniciativas e seus resultados.
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, reforçou o trabalho que vem sendo realizado pelo ministério na ponta, com impacto direto na vida da população e na conservação de áreas verdes e florestas. “Estamos mostrando, aqui dentro e lá fora, que nós temos, sim, uma política de meio ambiente na boa direção, protegendo nossos parques, nossas cidades e nossas florestas”, destacou.
A participação do Brasil e a atuação da pasta durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP26) foi ressaltada pelo ministro. “Foi o ano da Conferência! Foi o ponto alto para mostrar que o Ministério do Meio Ambiente fez e está fazendo muito em relação ao tema lá fora”, declarou. Ele citou a complexidade das negociações e o planejamento de toda a estrutura virtual do estande, que ligava o Brasil a Glasgow, na Escócia. De acordo com o ministro, o resultado não poderia ser diferente: o protagonismo brasileiro para a criação de um mercado mundial de carbono. “Esse mercado de carbono pode surgir como oportunidade para o país, para uma matriz energética mais limpa e o crescimento verde”, afirmou.
Para atender os compromissos firmados pelo Brasil, Joaquim Leite destacou políticas inovadoras que já estão em curso e que devem ser reforçadas nos próximos anos. O ministro aponta o Programa de Crescimento Verde como base para o desenvolvimento de uma economia verde no país. “Temos condições privilegiadas. Tragam projetos, tragam a iniciativa privada para trabalhar conosco”, disse.
Além de ações voltadas para as florestas e conservação de áreas protegidas, o Ministério do Meio Ambiente iniciou em 2019 uma política importante voltada para a qualidade do meio ambiente nas cidades. Segundo o ministro, essa é uma pauta importantíssima para o governo, com ações que vão desde a reciclagem do lixo, com a geração de emprego e renda, o fim dos lixões em todo o país e a conscientização da população sobre a necessidade de participar das ações de preservação. Joaquim Leite falou da última agenda em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul, onde o ministério investiu equipamentos e a instalação de um biodigestor em uma escola pública, transformando o lixo do preparo da merenda em biogás e adubo orgânico. “Importantíssimo levar essa pauta para as escolas, de como cuidar do lixo e como melhorar a qualidade ambiental. Interessante ver uma criança entendendo tudo de um biodigestor: matemática, química, tudo ali”, pontuou Leite. Os biodigestores instalados na escola devem evitar a emissão de 84 toneladas de metano por ano, mais uma ação para ajudar o Brasil a cumprir compromisso de reduzir a emissão de metano até 2050.
Com o novo modelo de concessões de parques, o ministro Joaquim Leite também espera ampliar o acesso da população às áreas verdes em todo o país, além de estruturar a proteção das Unidades de Conservação com apoio da iniciativa privada. O ministro do Meio Ambiente ressaltou ainda o trabalho de fiscalização dos órgãos vinculados ao ministério, Ibama e ICMBio, com o aumento de recursos e mais investimentos em equipamentos e novas tecnologias. Leite reforçou que os resultados já estão sendo alcançados. “Vejo um trabalho muito bem feito dos fiscais num território enorme e complexo, com equipes engajadas para atuação em regiões tão distantes e, muitas vezes, precárias”.
Ao comentar a iniciativa para apresentação do balanço, o secretário-executivo do MMA, Fernando Moura, afirmou que o encontro dá transparência às ações, fazendo uma prestação de contas do trabalho realizado e do orçamento executado à população. “É um momento de fazer esse balanço, para entendermos o tamanho da complexidade do que estamos fazendo e pensar também nos desafios para 2022, já que a política ambiental traz em si desafios que já conhecemos, mas temos também o ano eleitoral”, destacou.
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