Como proprietário de veículos automotores e morador do bairro Parque Residencial, que integra as comunidades dos bairros Antonio Guilhermino, Brisa da Serra e João Paulo II, e que uso cotidianamente as vias de acesso aos citados bairros, mas também que ligam trechos viários do Distrito Industrial do São Francisco, onde situa o maior complexo de industrias do Vale.
Mesmo considerando o panorama habitacional e industrial que envolve uma parcela significativa de habitantes, mas também de empresários que investem na economia de Juazeiro, como também do Estado, não deveria deixar citar o abandono das estradas de acesso e escoamento da produção, que historicamente faz parte da política gestacional do Distrito Industrial de Juazeiro, Estado da Bahia.
Não é de hoje que sofremos com inércia gestacional da área mais produtiva da cidade e de uma Comunidade com aproximadamente 1/5 da população juazeirense e um dos maiores fluxos veiculares de toda região, perdendo apenas para a BR 407 e o centro da cidade. Tal inércia, creio eu que seja algo pactual, pois não é natural que 100% dos gestores daquela área produtiva, nos últimos 30 anos tenha o mesmo perfilde gerir com tão baixa qualidade ou nenhuma um bem tão importante para o progresso da nossa Região.
A minha indignação, creio não ser menor que maioria que trafega pelo Distrito, é de que a Lei nº 6.348 de 17/12/1991, que trata do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, dada a redação do Art. 19. Do produto da arrecadação do imposto, incluídos os acréscimos correspondentes, 50% (cinqüenta por cento) constituirão receita do Estado e 50% (cinqüenta por cento), do Município onde estiver licenciado, inscrito ou matriculado o veículo.Lei do IPVA é a mesma Lei que prende nossos veículos, quando por um motivo ou outro não foi pago o devido Imposto ao Estado no calendário anual.
Quando coloco meus veículos nas estradas daquela área, devido ao total abandono, onde dificilmente o motorista não terá mais de dez metros sem que seu carro caia num buraco, sinto-me impotente diante da ausência absoluta de respeito ao contribuinte. Fico a imaginar o que passa na cabeça dos empresários que investiram seus recursos num local que nenhum governante tem cuidado dali com sinceridade e o respeito devido aos homens e mulheres que chega na nossa Cidade com intuito de gerar emprego e renda, mas logo acordam num pesado, que somente podemos ver com “naturalidade” em grande invasões de terrenos urbanos.
Juazeiro precisa pensar grande, pensar do tamanho dos impostos que pegamos, e que décadas e décadas vão passando e continuamos politicamente cometendo os mesmos vícios do passado. As vezes chego a pensar que habita em grande parcela dos políticos juazeirenses, uma pasta cinzenta que não lhes permitem enxergar a 800 metros que o progresso ali acontece. Pagar impostos e não ver para onde está indo o meu dinheiro, é a mesma sensação de ser assaltado na esquina.
Comunitário GIldenor Jerônimo
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