O presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializou nesta segunda-feira (13/12) o forró com o título de Patrimônio Cultural do Brasil durante evento ocorrido no Palácio do Planalto. O chefe do Executivo não discursou na solenidade.
Larissa Peixoto, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), falou sobre a importância da medida e destacou que mais de 52 bens imateriais foram registrados no país.
"A partir de agora, todo o conhecimento acumulado, do forró, pé de serra, do baião, xote, arrasta pé, será preservado para que gerações futuras possam desfrutar dessa obras genuinamente brasileiras".
O ministro do Turismo, Gilson Machado, também comemorou a conquista e tocou na sanfona a música Asa Branca junto a forrozeiros nordestinos. Ao final, os artistas convidados entoaram elogios a Bolsonaro junto a Gilson no ritmo do forró: "Ô Bolsonaro, você é nota mil. É o melhor presidente da história do Brasil".
O presidente ainda prometeu que um projeto de autoria do deputado Evair Vieira (PP-ES) será enviado ao Congresso pedindo a inclusão de Luiz Gonzaga no livro dos Heróis da Pátria. "O deputado Evair já mandou a assessoria redigir o projeto, que, com toda certeza, será aprovado por unanimidade", disse.
As Matrizes Tradicionais do Forró foram reconhecidas no último dia 09 como Patrimônio Cultural do Brasil. O título, concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo, valida os mais de cem anos de contribuição para a cultura, história e identidade do povo nordestino e do Brasil, que tem neste ritmo uma das suas maiores expressões artísticas. A proposta, apresentada pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba, teve ratificação de mais de 400 forrozeiros de todo o país.
De acordo com o Iphan, as Matrizes Tradicionais do Forró são uma forma de expressão multimodal, cujo núcleo é a performance social de um leque de tipos de música e dança.
Com o título, as Matrizes Tradicionais do Forró foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão, com abrangência nacional, onde também estão registrados bens como o Repente, a Ciranda do Nordeste, a Roda de Capoeira, o Maracatu Nação (PE), o Carimbó (PA) e a Literatura de Cordel. A partir de então, as Matrizes Tradicionais do Forró passam a ser alvo de políticas públicas para a salvaguarda da manifestação.
Momentos antes da solenidade, em tom cerimonioso, ao receber os forrozeiros em seu gabinete, o presidente disse que era "proibido máscara". A covid-19 já matou mais de 600 mil pessoas no país e o mundo enfrenta o surgimento de uma nova cepa, a ômicron. A retirada do uso de máscaras não foi liberado pelas agências sanitárias do Brasil.
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